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Trabalho informal nas favelas: O pilar invisível da economia local

Como os empregos gerados no comércio informal das comunidades fortalecem a economia e oferecem oportunidades para os moradores
Jabas Morais, dono do Mercado Jabas e ponto de referência no Largo do Birosca Foto: Josiane Santana/ Jessica Evelin Araújo
Jabas Morais, dono do Mercado Jabas e ponto de referência no Largo do Birosca Foto: Josiane Santana/ Jessica Evelin Araújo

Empregos locais podem oferecer oportunidades no desenvolvimento de habilidades e experiências profissionais para moradores, ampliando suas perspectivas de emprego a longo prazo.

A pesquisa realizada pelo Instituto Data Favela, em 2023, apontou que 40% dos moradores de favelas têm negócio próprio. Investir em serviços locais na comunidade, como o Complexo do Alemão, possui um impacto positivo do ponto de vista econômico social. 

Embora muitos desses negócios não sejam formalmente registrados, desempenham papel fundamental na taxa de empregos, promovem o empreendedorismo e contribuem para a resiliência econômica da comunidade, fazendo o dinheiro circular. 

Dentre os diversos mercadinhos e quitandas, está o do Seu Jabas Morais, 74 anos, morador do Complexo do Alemão, comerciante e dono do Mercado Jabas. Localizado no Largo do Birosca, na Fazendinha, CPX, centro de grande movimento de moradores e outros comércios. Seu Jabas possui o mercado há 30 anos e trabalha com mais 4 funcionários, que alternam em turnos para atender os clientes. O mercado se tornou um ponto de referência local para os moradores próximos. Ex-metalúrgico, o comerciante decidiu, após ser desligado da empresa, abrir seu próprio negócio.

Foto: Josiane Santana/ Jessica Evelin Araújo

“Tive muita luta, mas graças a Deus fui superando a dificuldade e continuei. Tive muita ajuda da minha cunhada, na época.”

Ao longo dos anos, o ponto comercial foi oportunidade de emprego para muitos jovens moradores Alemão. 

“Não me sinto orgulhoso, mas sim satisfeito. Satisfeito sabendo que tem alguém que depende do meu trabalho pra sobreviver”. 

O conselho que o comerciante gostaria de passar para quem tem o desejo de possuir o próprio negócio é de “ter o objetivo do que quer vender, ser fiel aos seus clientes, pontual e evitar deixar a loja fechada.”

Há 30 anos o comerciante oferece pontualidade e fidelidade no atendimento dos seus clientes.
Foto: Josiane Santana/ Jessica Evelin Araújo

Para garantir um futuro mais promissor para esses comerciantes, é essencial que políticas públicas sejam implementadas para oferecer suporte e regulamentação adequada. Programas de microcrédito, melhorias na infraestrutura e segurança, além de iniciativas de formalização simplificada, podem transformar significativamente a realidade desses empreendedores. 

Para planos futuros, Seu Jabas tem a expectativa de expandir o mercado e fazer outra loja. Mas sem sair do Birosca. O fortalecimento do comércio informal no Complexo do Alemão é um passo vital para a redução da desigualdade e o desenvolvimento econômico da região. 

O estabelecimento funciona de segunda a sábado de 6 às 22. Aos domingos, até às 14h.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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