A recicladora Dona Creusa Pinheiro de Lima, de 66 anos, vive dias de angústia junto com o filho Mateus Lima Miranda de 27 anos. Mateus tem hidrocefalia e depende da ajuda da mãe para realizar necessidades básicas como alimentação e locomoção. Além disso, o rapaz usa fraldas.
Dona Creusa relata que Mateus toma medicação contra convulsões e usa pomadas, remédios que não encontra com facilidade no Sistema Único de Saúde (SUS). “Ele usa remédio para a convulsão, pomada para assadura. Quando vou na Clínica da Família nunca tem nada”, ralata. Recentemente, segundo a mãe, Mateus adquiriu uma micose na cabeça.
O pedido de dona Creusa é com a fisioterapia para o filho com deficiencia. Ela conta que não consegue gratuito pelo SUS e também não tem condições financeiras para arcar com todo tratamento. “Mateus não tem controle em fazer suas necessidades, com isso usa 7 fraldas de uma vez”, conta. Por conta disso, Mateus está atrofiando, com dificuldades para se locomover, o que também acaba exigindo esforço a mais de Dona Creusa ao ter que segurar seu filho para se deslocar “Ele é muito pesado, eu não tenho condições de pegar ele, sinto dor na coluna do tombo que levei há 17 anos atrás”.
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Em nota, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a porta de entrada do sistema de saúde são as Clínicas da Família. “A partir do atendimento com a equipe da unidade, são levantadas as necessidades do paciente e ele é inserido no Sistema de Regulação (SisReg), para o agendamento nos serviços indicados”. Informada sobre a condição de Mateus, a assessoria da SMS respondeu que verificará o caso internamente.