No segundo dia de desfiles do grupo de acesso, a Rainha de Ramos presenteou o público com um dos desfiles mais avassaladores da história da série A, exibindo uma estética irretocável tanto na narrativa quanto nas premissas musicais e de harmonia. Leandro Vieira, o carnavalesco da Imperatriz fez um releitura do enredo “Só dá Lalá”, que fez história no carnaval de 1981, em que homenageou o compositor Lamartine Babo.
A começar pela comissão de frente, que por alegorias bem construídas e com um jogo de coreografia com bonecões que representavam bate-bolas, e os bailarinos dava a impressão de ter mais integrantes, até as alas reproduzindo os quatro principais clubes do Rio e a grande paixão de Babo, o América, percebe-se que nada fugiu do tom alegre e divertido do samba.
O carnavalesco mostrou o bom gosto com a solução de materiais e uso das cores, que ajudaram a compor as alegorias com conceitos e formas simples, mas lindamente executados. No abre-alas, o trem da alegria que impressionou pelo tamanho e cores fortes. Todo o conjunto de fantasias, também fizeram bonito, mostrando o bom gosto de Vieira. Um ponto alto foi a ala das baianas, que representaram a noiva e o imaginário poético da festa de São João.
Deve-se destacar a volta do intérprete Preto Joia, lendária voz da escola que puxou o samba na Sapucaí juntamente de Arthur Franco e embalou toda a avenida com um entrosamento impecável.
A Imperatriz Leopoldinense confirma seu favoritismo e, referenciando,Bruno Henrique do Flamengo, está em “oto patamá”.