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Vida política: Suruagy foi Governador de Alagoas três vezes e em 1997 sofreu impeachment

(Crédito: Reprodução)
(Crédito: Reprodução)

Daniel Paulino
Voz das Comunidades Alagoas 

Nascido na cidade de São Luiz do Quitunde, Suruagy era filho de Pedro Marinho Suruagy e Luiza de Oliveira Suruagy, que vieram para Maceió/AL em busca de melhores condições de vida junto com sua família. Os estudos do primeiro grau de Suruagy foram no renomado Colégio Batista Alagoano, em Maceió. Aos dezesseis anos, onde estava no segundo ano do ensino médio, o ex-governador se transferiu para o Colégio Guido de Fontgalland, quando conseguiu o emprego na Prefeitura de Maceió e passou a estudar pelo turno da noite.

Suruagy foi Prefeito de Maceió durante os anos de 1965 a 1970. Logo em seguida, ocupou a cadeira de deputado estadual na Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE) durante os anos de 1971 a 1973. Durante os anos de 1975 a 1978, Surugay foi Governador do Estado de Alagoas pela primeira vez e logo após o termino de seu mandato, durante os anos de 1979 a 1983, Divaldo foi deputado federal por Alagoas. Logo depois, o ex-governador voltou ao cargo do executivo do estado durante os anos de 1983 a 1986 pelo PDS. No seguinte ano, foi candidato ao senado onde ganhou e exerceu seu mandato entre 1987 a 1990. Entre 1990 a 1995, foi novamente eleito a senador pelo segundo mandato.

Após sair do senado em Brasília, Suruagy resolveu ingressar novamente como Governador de Alagoas e foi eleito, onde exerceu durante os anos de 1995 a 1997 pelo PMDB. No terceiro mandato, o ex-governador pegou o estado das mãos de Geraldo Bulhões, onde encontrou o executivo totalmente desestruturado financeiramente e acabou enfrentando uma enorme crise-econômica no estado de Alagoas. A crise deixou funcionários públicos por mais de seis meses sem receber seus salários, mais no dia 17 de julho de 1997, diversos servidores públicos foram às ruas protestar contra a desvalorização dos trabalhadores, durante a gestão de Suruagy. A principal reivindicação entre os servidores era os salários atrasados a cerca de seis meses e sem os salários em dias muitos servidores chegaram a cometerem suicídio pela quantidade de dividas que vinham aumentando.

Durante o ato na porta do Palácio República dos Palmares,no Centro, que estava cercado por homens do exército pelo fato da Polícia Militar também estar de braços cruzados, junto com os demais servidores, houve quebra-quebra nas ruas e muito derramamento de sangue durante o conflito entre os manifestantes e militares do exército, mais finalmente, ocorreu a queda do governador Suruagy onde o seu vice-governador Manuel Gomes de Barros assumiu o cargo do executivo. O ato ficou conhecido como ”17 de Julho” ou como ”A Queda de Suruagy”.

Já em 2001, Suruagy foi candidato a deputado federal pelo PMDB, onde ganhou e assumiu ficando em Brasília representando Alagoas até 2003 e encerrou sua vida política.

De acordo com pessoas próximas ao ex-governador, o mesmo tinha pretensões de voltar à carreira política em 2014 como candidato a deputado estadual, mais devido a doença acabou desistindo por ver que não tinha mais saúde para voltar a ativa na política alagoana.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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