A live Arte da Sevirologia nos Territórios de Conflito é uma iniciativa da organização Usina de Valores, que é um projeto de educação em Direitos Humanos, liderado pelo Instituto Vladimir Herzog, e que tem como objetivo principal, a construção de uma sociedade mais justa e humana. A ideia partiu do impasse de como seria possível estar comunicando as pessoas para ficarem em casa, lavarem as mãos, quando muitas ainda vivem em condições precárias e não sem acessibilidade até mesmo de água potável para as suas necessidades básicas. Em resumo, incentivar o questionamento e a busca sobre os direitos do povo favelado, negro e indígena. Vai ser na quinta (11/6), às 18h, no Instagram da Usina.
O tema é uma realidade muito recorrente nas classes periféricas e minorias do Brasil, porém, ainda pouco debatido. E será abordado tentando apontar caminhos de construção e ressignificação que pessoas marginalizadas pela sociedade precisam para vencer as adversidades impostas, através da união, coletividade e cautela.
“Logo no início da pandemia nós e todas as pessoas, coletivos e grupos que atuam e lutam por mudanças em nossas estruturas sociais pelo país afora, percebemos que o que vinha pela frente era mais que o desafio de se enfrentar uma crise sanitária e de saúde. Era enfrentar tudo isso junto da nossa histórica desigualdade brasileira. Daí surge a ideia proposta por nossos parceiros que atuam em São Paulo, Cleiton Ferreira, Priscila França e Rachel Daniel, de falarmos sobre a arte da sevirologia, que não é somente uma teoria, mas antes de tudo, um saber ancestral totalmente alinhado com uma prática”, explicam Lucas Barbosa, Gestor Multimeios no Projeto Usina de Valores e Comunicador no Instituto Vladimir Herzog, e Cleiton Ferreira, integrante da Comunidade Cultural Quilombaque e articulador do Usina de Valores SP.
Sevirologia é a ideia fundamentada para uma transmissão, surgiu nos bairros de Jaraguá e Perus. Exatamente onde a luta e a existência indígena se encontram com a batalha da Comunidade Cultural Quilombaque. O projeto atualmente acontece em quatro capitais de quatro estados do país, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
A live será mediada pelo Cleiton e terá como convidados Silvia Lopes Raimundo, Geógrafa e pesquisadora de temas ligados aos movimentos culturais e sociais e educação popular, Thiago Karai Jekupe, ativista Guarani Guardiões da Floresta, apoiador de saúde indígena da Aldeia Yvy Porã da terra indígena Guarani Mbya no Pico do Jaraguá, em São Paulo.