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Tese de sequestro apresentada por Samya é enfraquecida após apresentação de provas

(Crédito: Reprodução)
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Daniel Paulino
Voz das Comunidades Alagoas 

A família e o advogado de Victor Soares, acusado de ter sequestrado a enfermeira Samya Morais, apresentou na manhã desta quarta-feira (07), provas à imprensa alagoana que enfraquece a tese de sequestro e cárcere privado apresentado em depoimento prestado pela suposta vítima.

Em entrevista ao Portal Voz das Comunidades Alagoas, Alexon Filho, primo da vitima, afirmou que câmeras de segurança da escola onde Victor trabalha, do prédio onde a tia de Victor mora e de uma loja de conveniência onde ambos foram até o local durante a tarde da última segunda-feira (05), já foram solicitadas para que possam mostrar que não houve sequestro e que a ida de ambos a cidade de Paripueira, no Litoral Norte do estado, foi de livre e espontânea vontade.

”Após buscar meu primo na escola onde ele trabalha, Samya e Victor se dirigiram até o prédio onde mora minha mãe [Tia do acusado], onde ele deixou Samya sozinha dentro do carro com os vidros abertos e seguiu para o sétimo andar onde buscou alguns roupas e a chave da casa localizada em Paripueira, como isso pode ser um sequestro se Samya ficou sozinha no carro e teve oportunidade de fugir?”, questionou o primo da vitima.

Além das câmeras de segurança que já foram solicitadas, a família apresentou uma mensagem de texto enviada por Samya para o celular de Victor onde a enfermeira pede que o professor de artes maciais espere antes de tomar qualquer decisão e que eles precisavam conversar . “Se nossa vida tava difícil agora só piorou, mais eu te peço que me espere pra gente conversar. Não posso mais respirar sozinha. Mas por favor… não faz nada sem antes a gente se falar. Pelo amor de Deus espera por mim. Talvez fique sem o celular. Ou talvez só fale por msg. Mas eu ficarei falando com vc de algum jeito [SIC]”, afirmou Samya em mensagem de texto enviada para o celular de Victor

Questionado sobre o que Samya se referia com Victor, o primo da vitima não soube responder e afirmou que não existe resposta enviada de Victor para Samya sobre a mensagem de texto, e que essa e outras provas como mensagens, conversas em rede sociais e imagens de câmeras de segurança devem ser apresentadas a polícia e anexadas no processo judicial.

O primo do professor de artes maciais afirmou ainda que outras mensagens provam que a família de Samya tinha conhecimento do relacionamento de ambos. ”Em uma das mensagens enviada para o celular do meu primo, a Samya relata que chegou a ser agredida pela mãe que pedia que a filha acabasse com o relacionamento.” Além desta mensagem, Alexon disse que outras mensagens de poesias de amor foram enviadas do celular de Smaya para o celular de Soares.

Ainda segundo Alexon filho, toda a família de Samya incluindo Ricardo Ribeiro, noivo da vítima, tinham conhecimento do relacionamento amoroso que já vinha acontecendo há mais de um ano entre a enfermeira e o professor, que se conhecem desde pequenos onde cresceram juntos no bairro do Eustáquio Gomes.

Segundo o primo da vitima, ainda nesta quarta-feira (07), o advogado de defesa irá à Casa de Custódia de Maceió, no bairro do Jacintinho, onde Victor está preso para entrar com um pedido de revogação da prisão. Ainda segundo Alexon, o advogado afirmou que irá processar a Samya por calúnia e difamação e também deve notificar o Ministério Público pela falsa notícia de um possível sequestro

O Portal Voz das Comunidades Alagoas tentou entrar em contato com o advogado de defesa para obter mais detalhes sobre o caso, mas não obteve exito.

O Caso

Desde o final da tarde da última segunda-feira (05), que fotos da Enfermeira Samya Morais circula nas rede sociais informando o desaparecimento da vitima que não chegou a completar 24h, tempo dado pela Polícia para que possa caracterizar o desaparecimento de uma pessoa. A foto foi divulgada pelo noivo da vitima Ricardo Morais, que chegou a informar o Portal Voz das Comunidades Alagoas que a vitima já teria sido libertada e que teria sido vitima de um sequestro relâmpago.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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