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Tem arte no Complexo do Alemão, SIM!

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A VULVA QUE EXISTE EM MIM

 

A vulva que existe em mim é um ensaio fotográfico autoral da fotógrafa Thamyra Thâmara que visa desconstruir para libertar. “Estão tentando nos tolir de todos os lados”. De um lado a vagina marginal: que não é falada, que é negligenciada, escondida, tida como vergonhosa ou “sagrada”. Do outro lado, a vagina objetivada: que é vista apenas como órgão biológico, só para dá prazer ao homem, a vagina pornográfica dentro de um padrão estético opressor. Não pode ser peluda, tem que ter grandes lábios simétricos e gosto de uva.

 

A ideia é pensar a vulva não apenas como um órgão biológico, mas também como uma parte nossa cheia de afeto, história e quereres próprios. A vagina como um segundo coração da mulher que também escolhe, tem memória afetiva, desejo e sentimento. Inspirada no conceito do livro da Noemi Wolf “A biografia da vagina” o ensaio se propõe a repensar a conexão entre VAGINA, CABEÇA E CORAÇÃO X PULSAÇÃO CORAÇÃO E PRAZER. O processo de criação se deu em seu próprio apê e no divã da sala. O enquadramento total é da vulva, em quarto escuro, iluminada a luz de velas em tom de mistério e beleza. No divã doze mulheres contaram suas histórias, deixaram suas vulvas falarem de seus traumas, desejos, dúvidas, inquietações e potências em uma grande catarse coletiva.

 

Thamyra Thâmara é jornalista, mestre em cultura e territorialidades pela Universidade Federal Fluminense –UFF e formada pela Escola de Fotógrafos Populares.

 

A exposição acontece no centro de referência da juventude, CRJ, no morro do Alemão. De 10h às 18h até o final de junho.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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