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Qual o maior problema do Brasil?

Será nossa história? Será o fato de termos sido colonizados por um dos povos mais corruptos do mundo? Serão as dividas histórico-sociais que até hoje não pagamos nem as primeiras parcelas cujos juros só aumentam com o passar do tempo? Serão nossos políticos? Não se espante com a resposta, mas, certamente não, nenhum destes se qualifica como o maior problema do Brasil individualmente. O maior problema do Brasil é seu povo.

A bola de neve neste país tropical é muito maior do que a de qualquer país que literalmente neve. O lixo que se joga do carro, a cola na escola, o atestado para não trabalhar no dia do churrasco do seu vizinho, o cheque sem fundo, a fila que se fura, dentre outros exemplos mais, são atos pequenos cometidos no dia a dia por centenas de milhões de brasileiros que, pasmem! Reclamam de seus governantes. O que eles não sabem, é que os políticos são o reflexo do povo.

A corrupção é inerente ao ser humano, são raras as exceções que não sucumbem a este mal, e é por isso que os que a superam estão presentes nas escrituras, nas cerimônias de santificação, são até mesmo lendas locais de povos que os cultuam… A honestidade é a mais rara das virtudes, pois, quanto menos se tem e menos se é, mais facilidade se encontra para ser honesto. Contudo, como dizia Maquiavel, um dos maiores filósofos políticos do renascimento, dê ao homem o poder, e verá quem ele realmente é.

Qual é o maior problema do Brasil é a pergunta de um centavo, muito fácil respondê-la, contudo, como solucionar o maior problema do Brasil é a pergunta de um milhão de dólares. Este problema é de caráter cultural, e por acaso você já percebeu que o Brasil sofre de uma mestiçagem cultural desnorteante? O sincretismo cultural, étnico e religioso que se deram e nossa história, somados á globalização que promove manifestações culturais de lugares distantes em nosso cotidiano contribuiu em muito para que não saibamos qual é a nossa identidade.

E por falar em identidade, você sabe quem inventou o relógio de pulso, quem inventou o rádio e quem inventou o balão a ar? Você sabe quem inventou o avião que é o meio de transporte mais seguro do mundo e o concreto armado que levanta os arranha-céus de todo mundo? Foram estrangeiros? Não, foram brasileiros… E são poucos os que sabem disso, por que o Brasil não valoriza seus filhos, e seus filhos não o valorizam. Se o povo e o país se conhecessem melhor, não agissem como se fossem pai e filhos que não se toleram, com certeza estaríamos muito a frente de onde estamos agora.

Quem nos dera ter a solução para este problema cultural tão evidente, quem nos dera na verdade, se os nossos políticos se esforçassem pelo menos um pouco mais do que quem criou a bandeira do Japão para encontrar esta solução… Mas eles estão muito ocupados metendo a mão no bolso de um povo que não se sente um povo, por que isto é a última coisa que os governantes querem, pois o dia em que o povo se sentir um só povo… O gigante acorda para nunca mais dormir enquanto um político desonesto em solo pátrio existir.


Sobre o autor:

11226059_919199861489935_9194135250296814813_nMe chamo João Pedro Dornelles Claret, tenho 21 anos e sou estudante de Direito da Universidade Federal do Tocantins, fundador da Web-page Brasil Intelecto que reúne um grupo de jovens de destaque no intuito de difundir conhecimento e cultura. Além de músico, também sou poeta com minha obra ¨Etapas do Viver¨ prestes a ser publicada.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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