“Se tivéssemos de volta a área em frente ao CIEP João Goulart, abriríamos espaço para mais alguns carros. Veículos grandes, como os caminhões de lixo, mal conseguem manobrar. Nós tivemos que demarcar alguns lugares para deixar livres, porque se a Comlurb não conseguir subir, eles vão embora sem recolher o lixo”.
Segundo Deize, o espaço é ocupado por algumas viaturas em desuso, o que agrava o problema da falta de lugar para os carros. “O certo seria ter vaga para quatro viaturas além do carro do comandante, mas está virando depósito de viaturas quebradas” – afirma a presidente da Associação.
Do lado esquerdo da base da UPP, outro problema: um condomínio que foi fechado por um pequeno grupo de moradores, onde há décadas existia um estacionamento. “Conversei com os responsáveis pela colocação daquele portão, alertando que eles não podiam mantê-lo fechado por não ser um estacionamento privado, mas nada foi resolvido” – continuou Deize, que tem apenas cinco meses de mandato.
No caso de Kelly Figueiredo, moradora do Pavão há 13 anos, a desordem dói no bolso. A microempreendedora já foi multada três vezes por ter parado o carro na rua. Cada multa custou cerca de R$ 127.
Segundo a UPP, os policiais deixam as viaturas estacionadas porque o Governo Federal, que realizou obras através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) naquele local, cedeu o espaço e a liberação da grade não dependeria dos responsáveis pela unidade. “Não temos autorização para tirar as grades” – afirma uma policial. Sobre o problema dos caminhões de lixo, a UPP disse que se alguma viatura estiver parada fora do local devido, os moradores podem ir até a base pedir que seja retirada, porque “a retirada do lixo é prioridade”. Enquanto não existe solução à vista, fica a pergunta: Até quando o futuro vai repetir o passado?