“Durante a chuva entrei em desespero. Ela estava forte e minha mãe gritava desesperada. Tinha muita lacraia, daquelas imensas!”
Foi com uma onda de lama, lixo e insetos que dona Luiza dos Santos, moradora do Beco Severino Sabino, no Complexo do Alemão acordou após parte do quarto onde dormia desabar durante a noite do último domingo (17), quando uma tempestade atingiu a cidade. Diagnosticada com artrose, osteoporose, pressão alta e problemas neurológicos, a dona de casa de 53 anos teme que na próxima chuva a casa onde viveu por mais de 18 anos não resista.
“A casa é da minha minha e fica abaixo do nível do terreno do vizinho, onde tem um barranco. Com as chuvas, o solo foi encharcado e a parede ficou úmida e foi tudo muito rápido” comenta Juliana Silva, empreendedora e filha da proprietária, que hoje recebe a mãe enquanto a situação não é resolvida. “Durante a chuva entrei em desespero. Ela estava forte e minha mãe gritava desesperada. Tinha muita lacraia, daquelas imensas’.
Além da parede destruída com o peso da lama, dona Luiza não se feriu, mas a moradora acredita que a casa está condenada, já que outras partes estão com rachaduras e estufamentos, correndo risco de novos desabamentos. De acordo com a moradora, as colunas da casa são antigas e as obras mais recentes de vizinhos podem ter afetado a estrutura, abalando toda a residência.
O presidente da Associação de Moradores da Nova Brasília esteve com a família na tarde de ontem para dar uma assistência e a Defesa Civil foi acionada, mas até o momento não esteve no local para a realização de uma vistoria.
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