João Pessoa tem quase 800 mil habitantes e 430 anos de história, o que a faz uma das mais antigas capitais do Brasil. Por ter muitas árvores, foi considerada a segunda cidade mais verde do mundo e chama a atenção pela suas belas praias e um ritmo suave de movimentação cotidiana, sendo uma das melhores capitais para se desfrutar da aposentadoria.
JP tem aproximadamente 20 bairros/comunidades: Cristo Redentor, Ernesto Geisel, José Américo, Gervásio Maia, Costa e Silva, Indústrias, Alto do Mateus, Cruz das Armas, Ilha do Bispo, Róger, Padre Zé, Padre Hildon Bandeira (Torre), São José, Mandacaru, Castelo Branco, Timbó (Bancários), Penha, Mangabeira, Funcionários II e Novais.
O bairro de Mangabeira, onde moro, é o mais habitado da cidade. Abrigando quase 100 mil moradores, é como qualquer outro bairro da Zona Sul do Brasil onde as comunidades estão presentes: apresenta problemas de saneamento básico e violência urbana, que cresce no mesmo ritmo de seu desenvolvimento.
No meio de tantos que lutam para esse progresso da cidade, encontramos trabalhadores que muitas vezes saem do Brejo Paraibano, Litoral Sul, Norte e do Sertão para tentar a vida na cidade grande querendo realizar seus sonhos. Minha família não fugiu dessa realidade. Moramos na capital com o mesmo objetivo que parece bastante comum neste país – pra quem sabe e já participou desse êxodo rural.
Um exemplo de hoje que me deixa orgulhoso é ver que muita gente jovem da cidade da Baía da Traição que ingressa em uma Universidade pública (como eu) para ampliar seu conhecimento, com a ajuda de cotas indígenas e auxílios que visam garantir a permanência desses descendentes na graduação. Pois mesmo que não concordem com sistema de cotas, temos que ter a consciência da diferença que existe e da dificuldade de um povo que não teve por muito tempo o acesso ao ensino.
Acredito que o ensino transforma a realidade, tendo transformado aos poucos a minha, e mesmo que vivamos nas mais difíceis e adversas situações de vida, nós temos o poder para transformá-la na melhor forma possível, trabalhando e criando o futuro.
Escrito por: Jândesson Antero