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#Opinião – O incentivo à leitura deve começar na infância

Foto: Reprodução/internet
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Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Estadão, 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro. A porcentagem de leitores no país vem crescendo, mas ainda é grande o número de pessoas que não possuem o hábito da leitura. A média do brasileiro é de 4,96 livros por ano, sendo que 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes.

Através desses dados podemos perceber que ler não faz parte da vida de muitas pessoas, mas isso pode mudar. O incentivo deve começar na infância para despertar na criança curiosidade e proporcionar a ela um mundo de imaginações. Além disso, as chances dela se tornar um adulto leitor são muito maiores, já que o gosto pela leitura faz parte da sua vida.

No dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, que nasceu neste dia. De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), esse gênero cresceu 28% em 2016, comparado com 2015. O mercado oferece hoje diversos tipos de livros para o público infantil. Tem livros musicais, com fantoches, histórias e gibis. Tudo para que os pequenos se envolvam com o conteúdo apresentado a eles.

Foto: Reprodução/internet
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Lembro-me de quando comecei a ensinar meu primo a ler, no início ele não gostava, mas a partir do momento que ele viu que estava conseguindo juntar as sílabas sozinho, tudo mudou. Parece que as coisas ficam mais claras para a criança e ela vai tendo noção da própria competência. Depois de um tempo, ele vinha orgulhoso contar que conseguiu ler uma palavra sozinho, e isso é gratificante.

Através da leitura a criança cresce e vai construindo um pensamento mais crítico, porque sua capacidade de questionar e duvidar é grande. A escrita, consequentemente, melhora e a fala tende a ser mais correta. Contudo, ainda sabemos que comprar um livro está fora da realidade de muitas pessoas no Brasil, por isso, devemos doar aqueles que terminamos de ler e permitir que outros tenham acesso ao conteúdo.

Esta coluna é de responsabilidade de seus autores e nenhuma opinião se refere à deste jornal.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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