Quem suspeitaria que um bilionário business man, apresentador durante 14 temporadas do reality show O Aprendiz, entre 2004 e 2015, seria o virtual candidato a presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano? Ano passado, ninguém apostaria nele. Hoje ele surge com a tarefa de levar o partido de volta a Casa Branca. Mas se os eleitores norte-americanos usarem sua sensatez, não será dessa vez que um arauto do racismo e ódio sentará na cadeira mais poderosa do mundo.
Apesar de ser brasileiro, percebo o quão perigoso o mundo estaria com uma vitoria de Trump nas eleições presidenciais. Com um discurso xenofóbico e misógino, Trump afirmou que vai expulsar todos os imigrantes ilegais do território americano. Questiona-se: Não seria mais plausível regularizar todo esse pessoal em detrimento de uma atitude tão radical quanto à expulsão? Fora que quando o assunto é política externa, Trump afirma que seu conhecimento é advindo de programas de televisão. Segundo um professor da Universidade de Georgetown, Matthew Kroenig, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a política externa do candidato republicano provocaria um desmoronamento na arquitetura da segurança internacional que deu estabilidade global desde a Segunda Guerra.
Aos eleitores de Trump, quando perguntados do motivo de o apoiarem, eles avaliam que o fato dele ser empresário lhe permitiria governar os Estados Unidos com mais eficiência, uma vez que é estranho no ninho político de Washington D.C. Além disso, alegam que Trump é espontâneo e simples ao transmitir sua mensagem de campanha.
Temos que ter cuidado. Atores políticos com essa carga de demagogia e populismo muitas vezes trazem a ruína a um país. Os Estados Unidos precisam de um líder forte, capacitado e preparado para comandar a maior potencia do mundo. Alguém sábio o suficiente, que tenha nas costas uma vasta experiência com lidar com seres humanos como… Seres humanos! Alguém que tenha experiência com política externa, e que saiba ter pulso firme para agir e recuar. Essa pessoa é sem sombra de dúvidas, Hillary Clinton, virtual candidata pelo partido Democrata.
No fechamento dessa coluna, leio uma noticia referente ao polemico discurso de Melanie Trump, esposa de Donald Trump, e a acusação de ter plagiado o discurso de Michelle Obama nas convenções democrática de 2008. Bem, aos leitores que não se convenceram de que Trump é uma péssima escolha, tire suas conclusões dessa noticia. Se Trump e sua equipe não são capazes nem de redigir um discurso original, imagine traçar uma política de governo…