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#Opinião – Gilmara Cunha: Casamento Homoafetivo

Antes de mais nada, precisamos entender o que é isso, e o que queremos com essa ação. Existe alguns questionamentos que as pessoas se fazem, por não entender o que de fato queremos com o casamento, então vamos aprender o que é isso?

GILMARA CUNHA Estudante de psicologia, moradora da Maré e fundadora do Colevo Conexão G
GILMARA CUNHA
Estudante de psicologia, moradora da Maré e fundadora do Colevo Conexão G

Casamento entre pessoas do mesmo sexo (comumente referido como casamento homossexual, casamento gay ou casamento homoafetivo) é o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo biológico ou da mesma identidade de gênero. Os defensores do reconhecimento legal de casamento do mesmo sexo geralmente se referem ao seu reconhecimento como casamento igualitário. Casamentos entre pessoas do mesmo sexo são também realizados no Brasil por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), baseada em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF).

Algumas das jurisdições que não realizam os casamentos homossexuais, mas reconhecem os que forem realizados em outros países. Desde 2001, dezesseis países permitem que pessoas do mesmo sexo se casem em todo o seu território: Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Luxemburgo, Holanda, Escócia, Inglaterra, Islândia, Nova Zelândia, Noruega, País de Gales, Países Baixos, Portugal, Espanha, África do Sul, Suécia e Uruguai.

Para nós lideranças LGBT, o casamento homoafetivo, se deduz em garantia de direitos civis, pois vários casais no Brasil, vivem juntos por anos ou décadas. Existe histórico de casais que quando um dos dois parceiros/as morrem, os familiares querem rar tudo que os dois construíram quando estiveram juntos em vida. Isso para nós é uma falta de respeito, pois tira do outro o direito de ficar com as coisas compradas e construídas coletivamente (coletividade significa para nós casais homoafetivo cumplicidade). Os familiares não tem o direito de rar os bens desse indivíduo.

Alguns acham que o que pleiteamos casar dentro de uma igreja de véu e grinalda, situação essa que para nós casais homoafetivo não procede, pois nem todos sonham em casar na igreja. Vivemos em uma sociedade onde os direitos não são respeitado. Somos cidadãos iguais a todos e todas, merecemos ter o nosso direito garantido pela lei, por isso pleiteamos o casamento de união civil com o propósito de garantia. Hoje sinto uma grande tristeza por ter esse direito negado, precisamos construir uma sociedade onde todos/as, sejam tratados iguais perante a lei.

Esta coluna é de responsabilidade de seus atores e nenhuma opinião se refere à deste jornal.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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