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Nocaute para o polo do projeto ‘Luta Pela Paz’ da Kelson’s

David Cameron, Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha durante uma visita oficial no projeto 'Luta pela Paz' no Complexo da Maré em Setembro de 2012 - Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
David Cameron, Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha durante uma visita oficial no projeto 'Luta pela Paz' no Complexo da Maré em Setembro de 2012 - Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Unidade está desativada desde dezembro e não tem previsão de reabertura

O polo do projeto “Luta Pela Paz” da comunidade Marcilio Dias, conhecida como Kelson’s, está fechada desde dezembro do ano passado e não tem previsão de reabertura. O motivo é aquele que não para de sair nos jornais: o término da parceria com a Petrobras. A petroleira também financiava as atividades de outro polo, o da Baixa do Sapateiro, que também fechou. No Complexo da Maré, só a sede, na Nova Holanda, está funcionando.

Mesmo com o fim do patrocínio da Petrobras, a instituição afirmou, via assessoria de imprensa, que pretende adotar medidas para os moradores da Kelson’s e da Baixa do Sapateiro continuarem participando do projeto. Dentre elas, oferecer transporte para os alunos (Kelson’s x Nova Holanda x Kelson’s) para as novas turmas de Taekwondo e de boxe e aumentar o número de aulas de Muay Thai.

Com o fim do polo da Kelson’s, mais de 30 jovens ficaram sem poder treinar. Mais de 30 jovens que não terão a oportunidade que Douglas Andrade, mais conhecido como Guinho, teve e que fez dele um atleta de alto rendimento. Só para citar dois títulos, Guinho foi bi-campeão paulista na categoria até 49kg e campeão brasileiro de boxe duas vezes.

Douglas começou a treinar com 14 anos na unidade da Luta Pela Paz da Kelson’s, favela que nasceu e que mora até hoje. Segundo Douglas, que hoje é atleta da Marinha do Brasil, o fim do polo é uma perda para a comunidade, que é express vpn carente de esporte e projetos sociais. “O projeto vai fazer muita falta porque ele não trabalha só com esporte. É um projeto que trabalha com a vida das pessoas. Se eu sou o que eu sou hoje é por causa do projeto Luta Pela Paz”.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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