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Moradores do PPG, na Zona Sul, sofrem com falta de água constante; serviço continua sendo cobrado

Situação foi normalizada durante a construção desta reportagem, mas moradores relatam ficar até duas semanas sem água, frequentemente
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Produção de reportagem: Caio Vianna

Já virou padrão a falta de água nas favelas do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo (PPG), na Zona Sul do Rio de Janeiro. O jornal PPG Informativo toda semana comunica o problema que, além de não ser resolvido, continua sendo cobrado normalmente pela Águas do Rio. Os moradores chegam a ficar de uma a duas semanas sem água e, quando volta, não é o suficiente para abastecer todas as três favelas. Durante a construção desta reportagem, a situação foi normalizada.

“Tem semanas que é no Pavão, depois falta no Pavãozinho, depois no Cantagalo e depois no morro todo. Hoje é no morro todo. Sempre a mesma coisa”, conta Ana Muza, moradora do Pavão Pavãozinho e fundadora do PPG Informativo.

A raiz do problema já é conhecida. De acordo com a Muza, tanto os moradores como a Associação já relataram os problemas com as bombas de água que abastecem as três favelas. “Por situações diversas elas sempre acabam deixando os moradores na mão, ora está quebrada, ora se rompe, ora tem problemas com o ar que entra por já estar defasada”, explica.

Mesmo com o serviço precário, a conta chega religiosamente aos moradores, conta Muza. “E se passar de dois dias o nome vai para o SPC/Serasa. Apesar dos diversos pedidos que fizemos, não temos uma posição da Águas do Rio e nem um trabalho efetivo de reparo ou melhora aqui no PPG”, relata.

Procurada pelo Voz das Comunidades, a Águas do Rio informou que “na semana passada foi identificado um problema pontual de baixa pressão no sistema de abastecimento de água da comunidade. Equipes operacionais foram enviadas ao local e o abastecimento encontra-se normalizado”.

Os moradores confirmaram que a bomba está normalizada e a água subindo aos poucos.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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