A agente comunitária de saúde Kátia Fernandes, de 33 anos, já não aguenta mais o mesmo problema há anos. Ela e seu filho de 12 anos são moradores do Capão, no Complexo do Alemão, e sofrem com o esgoto aberto localizado em seu quintal, que entope e transborda toda vez que chove.
Como consequência, a água de esgoto atrai muito mais ratos que o comum, conta Kátia. “Eu tenho um filho de 12 anos que não pode nem mais brincar no quintal pois não há condições. Está insustentável viver assim”, complementou. Outra consequência é que, com tanta umidade, o muro que a moradora divide com sua vizinha já está enfraquecido. “Uma parte dele já até caiu”, disse.
A moradora conta que já teve o mesmo problema há anos atrás, que foi resolvido pela antiga Cedae. “Este ano, após o último temporal, voltou a vazar água do esgoto aqui. Minha mãe me ajudou falando com a associação [de moradores], que logo vieram e desentupiram. No dia seguinte, já estava vazando novamente. começou aos poucos e agora tornou a vazar como água corrente, só que de esgoto”, desabafa.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Desde 2021, quem cuida da água do Rio de Janeiro é a empresa Águas do Rio, que, de acordo com Kátia, se recusa a entrar em casa de morador. “Mas, penso eu, que ao fazerem a caixa de esgoto na rua, não foi pedido pelos moradores para colocarem o cano dentro de suas casas, portanto a responsabilidade é sim deles”, comenta ela.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Nessa novela, Kátia conta que já teve muito prejuízo e se encontra psicologicamente abalada. “Eu já gastei muito dinheiro mexendo com encanamento, pagando pessoas… Só que essa responsabilidade não é minha, entende? Eu já me encontro num esgotamento mental tão grande com essa situação que estou tentando um empréstimo pra largar minha casa própria e comprar outra ou morar de aluguel”, confessou.
Procurada pelo Voz das Comunidades, a Águas do Rio informou, na tarde desta quarta-feira, que “enviará uma equipe para realizar uma vistoria no local”.