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Dinheiro no bolso ou um legado na história?

Business man showing you brazilian money.

Relaxe: esse não é um daqueles papos de auto-ajuda que mostram a importância de sonhar. Prefiro o papo reto, mesmo que num caminho sinuoso.

Tava papeando com um amigo e tal, desses papos cabeça que a gente vai fundo nas tardes de verão sob o ar-condicionado quando se tem algum tempo pra parar pra respirar e abrir o coração.

Sou um privilegiado.

A vida alheia definitivamente não é minha pauta e se você, leitor, ainda não fechou a janela, é porque provavelmente deseja refletir sobre algo maior: dinheiro ou legado? Me considero muito suspeito pra falar, afinal, fiz escolhas complicadas pra vida no sistema capitalista. Vivo das minhas ideias.

A única certeza que a gente pode ter é que vamos morrer. Desconfio que nossa existência é um período curto demais pra dar tempo de nos perdermos na busca de um propósito. É injusto. “Pra morrer basta estar vivo”, já dizia minha mãe.

Você sabe que a gente morre e deixa tudo aqui. Nós, que vivemos do sonho, tentamos engrandecer nossas histórias dizendo que escolhemos deixar grandes histórias ao invés de alguma coisa no banco.

Dinheiro acaba. História fica.

Apesar de ser um defensor ferrenho do sonho, do legado, da inspiração e de tantas outras palavras bonitas, me pergunto o que serão dos meus quando eu morrer. Acho que você também deve se perguntar: “quando eu morrer, as pessoas vão ficar bem?”. Seria um baita egoísmo não pensar nisso.

E aí? O que você prefere deixar pra trás?

Sobre o autor:


Wesley BrasilSou Wesley Brasil, artista gráfico, especializado em projetos de engajamento digital. Fundei o Site da Baixada em 2006, acreditando numa Baixada Fluminense melhor através do amor.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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