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Diante de calor extremo, moradores convivem com quedas de luz frequentes no Complexo do Alemão

Segundo relatos, quedas de energia começam depois das 18h e só param na manhã do dia seguinte
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

No último sábado (16), o Voz das Comunidades noticiou que o Rio de Janeiro tinha sido incluído no alerta amarelo, lembra? A sensação térmica poderia passar de 50ºC. Aconteceu que a cidade foi mais longe que isso e sensação térmica ultrapassou os 60ºC. E pra enfrentar esse calorão, está bem difícil, principalmente para os moradores do Complexo do Alemão que estão enfrentando quedas frequentes de energia.

Rodrigo Azevedo, 29 anos, morador da região da Grota, comentou as quedas de luz quase que diariamente. “A partir das 20h, por aí, já começam. A rede cai e depois de uns 5 minutos, volta. Aí depois cai de novo. Aí fica uma hora… Depois cai de novo.” A moradora Evelin Ferreira, 41 anos também falou sobre as quedas de luz. “A minha geladeira já tá dando barulho. To com medo dela queimar com essas faltas de luz. A minha vizinha já perdeu a dela”. Wellington Santana, de 39 anos, também morador do CPX, relatou a situação. “E e só de noite de manhã isso não acontece. Na parte da manhã e da tarde isso não acontece.”

Infelizmente, essa situação não é de hoje. As altas temperaturas afetam não só os moradores das favelas como também o cotidiano da cidade. Em matéria do jornal impresso, por exemplo, já falamos sobre pessoas que trabalham na rua e sofrem demais com as altas temperaturas. Inclusive, tivemos até um episódio da Taça das Favelas que mudou de data por conta por conta da onda de calor.

E aí, Light?

Quando falamos sobre a situação dos fios baixos no Beco da Sabino, no Complexo do Alemão, questionamos a Light sobre a existencia de algum plano para a rede elétrica no CPX. Neste matéria, reforçamos o contato com a concessionária e, até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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