O Dia dos Pais é comemorado todo segundo domingo de agosto. No contexto da realidade brasileira, a data muitas vezes é adaptada à vivência de cada um, seja comemorando com o avô, tio, padrasto e até mesmo só com as figuras matriarcais da família.
Mas, em um país em que mais de 5 milhões de crianças, de acordo com os dados de 2011 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Voz decidiu focar no amor e entrevistamos um pai de primeira viagem.
Lucas Sacramento, de 26 anos, é balconista e morador de Inhaúma. Ele conta que, por mais que muitos não acreditem, ele sempre quis ter uma família, ser bom pai e bom marido. Caroline Thomas, 28, sua companheira e mãe de seu bebê, já tinha dois filhos quando o conheceu, e logo pontua: “falar que Lucas é um bom pai é raso”.
“Eu costumo dizer que todos os dias é Dia dos Pais, assim como eu digo que todos os dias temos que respeitar e zelar por todos. Eu amo meus filhos”, afirma Lucas, que também considera os outros filhos de Caroline como seus.
Lucas acredita que ser um bom pai é ser participativo, amoroso, dar bons conselhos e apoiar os filhos em suas decisões. “Os pais que não cumprem com o seu papel estão perdendo a melhor experiência de vida. Não tem nada melhor do que chegar em casa depois de um dia de trabalho árduo e ser recebido com o amor de uma criança que te chama de pai”, desabafa ele.
Caroline, que é formada como técnica de enfermagem, comenta que antes do Lucas era mãe solo, mas quando ele chegou, disse: “nós somos parceiros agora”. E completa: “Antes dele eu tinha muito medo de me relacionar com qualquer pessoa por conta dos inúmeros relatos que ouvimos por aí, mas na minha lista dos sonhos tinha achar alguém que amasse meus filhos até mais que a mim”.
“A gente vive numa realidade em que o pai não sabe a turma do filho”, ressalta ela. “No começo do ano ele faz questão de comprar o material escolar, de ir na primeira reunião e saber quem são os professores. Ele sabe o dia da vacina, vai nas consultas médicas, sabe o tamanho das roupas, dos sapatos, abre a mão das coisas que ele quer para que os nossos filhos tenham coisas melhores, abre mão dos próprios sonhos para realizar o sonho das crianças”, relata Caroline, que fica feliz por finalmente ter um parceiro, como o mesmo havia prometido lá no início.