Nesta pandemia mundial do coronavírus, as favelas cariocas acabam tendo sua atenção redobrada por conta das variadas situações de desigualdade social. E como muitas pessoas não têm as condições de higiene básica adequadas, a solidariedade vem sendo o principal meio de resistência contra o Coronavírus e a doença que causa, a COVID-19. No Complexo do Alemão, mãe e filha estão revertendo o lucro da venda de máscaras caseiras em doações para a campanha Pandemia com Empatia, do Voz das Comunidades, que repassa aos moradores em forma de cestas básicas e produtos de higiene.
A professora de Danielle Barbosa da Silva de Oliveira de 37 anos e sua mãe, a artesã Eliane Barbosa da Silva de Oliveira, de 62 anos, moradora da Rua Dr. Noguchi no Morro do Adeus, são as idealizadoras dessa ação social, que colabora com a campanha do Voz. “A minha mãe, é uma super artesã, ela tem dotes artísticos, ela começou a trabalhar com acessórios artesanais, visto isso, alguns materiais que sobravam de seus trabalhos, ela começou a aproveitá-los para transformar em máscaras para doação de pessoas que fazem tratamentos de câncer”, explica Danielle.
Após a chegada do Coronavírus na comunidade, o ideal foi adaptado: “Com a pandemia do Coronavirus, ela iniciou dando para alguns parentes, e aí depois pediram para que começasse a vender, mas ela não iria se aproveitar dessa situação para lucrar. Aí eu tive a ideia de vender e passar o lucro para o Voz, porque também seria uma maneira de ajudar. Muitas pessoas de diversas partes do Rio de Janeiro compraram com esse intuito, de ajudar a comunidade do Complexo do Alemão”. As máscaras feitas pela Eliane são todas de tricoline 100% algodão.
Usar máscara é uma das formas de evitar exposição ao contágio pelo Coronavírus. O mais importante nesse momento é ficar em casa. Quem precisa sair, deve usar máscara para se proteger e também para proteção de outras pessoas. Atitudes solidárias, como a da Eliane, são também de enorme importância para ajudar quem precisa de alimentos, água, materiais de limpeza e produtos de higiene. E mais importante ainda é respeitar as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Quer fazer a sua em casa? Acompanhe o passo a passo:
Arte: Raife Salles / Voz das Comunidades