Enviar uma mensagem no WhatsApp, urgente ou não, tendo a necessidade de visualização imediata. Parece muito nocivo a todos nós à primeira vista mas podemos estar construindo um problema.
Jogado em uma rotina de faculdade/escola e trabalho o jovem brasileiro que não conta com muitos recursos, busca seu espaço no mundo profissional e está cada vez mais se apoderando do cansaço não apenas físico, perdendo horas no transporte público lotado mas também mentalmente sendo posto a prova por esse imediatismo, criando uma cultura frenética e se frustrando com o tempo esperando algumas ações.
Dentro dessa realidade acordar, tomar banho, se vestir, verificar o e-mail. Tomar café, esperar o transporte coletivo, checar o segundo e-mail, mandar uma mensagem instantânea dizendo que está chegando ao trabalho. Atualizar as redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram e o mais novo Snapchat). Chegar ao trabalho e enfim começar as atividades. Logo após isso voltar ao transporte para a faculdade/escola e estudar com o que ainda resta de atenção e concentração. Seguidamente, exausto, voltar para casa inseguro, com ruas desertas e um medo de não conseguir chegar.
Chegando, se prepara para o dia seguinte e apronta-se para dormir – quando consegue. Assim que se fecha os olhos pra dormir e a cabeça começa: você não fez exercício da faculdade hoje, tem que mandar e-mail pro chefe. Tem que visitar mais a família e os amigos. Tem que assistir a série que tá todo mundo comentando. Tem que ler aquele artigo que o professor da matéria mais chata do curso passou.
Massacrante rotina que se começa cedo, sabemos que esse ritmo de vida não é o mais recomendado, alimentando a ansiedade, trazendo estresse. Mas temos tantas realidades difíceis em nosso país que nos parece nocivo toda essa loucura cotidiana precoce em busca dos objetivos.
Só espero que antes de dormir consiga visualizar todas minhas mensagens do feriadão.
Meu nome é Jandesson Antero, tenho 20 anos, sou estudante e curso Ciências Econômicas na Universidade Federal da Paraíba. Me divido entre João Pessoa (Mangabeira) e Baía da Traição.
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