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Central de Flagrantes e Casa de Custódia de Maceió registram superlotação no feriado

(Crédito: Arquivo/Voz-AL)

Da Redação
Voz das Comunidades Alagoas 

A Central de Flagrantes que comporta apenas 24 presos amanheceu, nesta segunda-feira (08), com 46 detentos, quase o triplo da capacidade permitida pela Justiça alagoana. Com celas superlotadas e sem estrutura para comportar a enorme capacidade de detentos, os presos chegaram a ameaçar derrubar as grandes e realizar uma rebelião. Um preso que não teve a identidade revelada chegou a passar mal e teve que ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com um agente da Polícia Civil, atualmente, na carceragem da unidade existem presos que encontram-se no local a mais de quarenta dias à espera de uma transferência para a Casa de Custódia, situada no bairro do Jacintinho. No fina da manhã, a Polícia Civil confirmou a informação de que no decorrer da tarde vinte homens e cinco mulheres devem ser transferidos em comboio para a Casa de Custódia com escolta de militares da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), mas até o presente momento a transferência não foi ocorrida.

Casa de Custódia 

A situação na Casa de Custódia de Maceió também é semelhante a que vem ocorrendo na Central de Flagrantes. Segundo o gerente da unidade, André Ribeiro, até o início da manhã o local comportava 91 presos e desde a última quinta-feira (04), que não realiza nenhuma transferência para o sistema prisional para que a unidade fosse desafogada.

”Orientei os agentes que ficaram de plantão durante o final de semana que não recebessem novos detentos vindos da Central de Flagrantes, pois não tínhamos como comportar mais nenhum detento. Aqui na Casa de Custodia estamos enfrentando sérios problemas de falta de estrutura e falta de água e é muito complicado trabalhar desta forma”, afirmou André.

Ainda segundo André Ribeiro, no final da manhã, 29 detentos foram transferidos da Casa de Custodia para o sistema prisional alagoano, localizado na parte alta de Maceió, para assim trazer espaço para os novos detentos que virão da Central de Flagrantes para a unidade prisional.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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