As informações tem causado pânico em moradores da região, mas será que são verdadeiras?
”Carros pretos”, ”casal de idosos” e ”mulher loira com olhos claros”, são alguns dos supostos personagens, acusados de serem sequestradores de crianças que veem surgindo nas redes sociais dos moradores do Alemão nos últimos dias. Diversos relatos sobre os possíveis ocorridos surgiram nas últimas semanas entre as redes sociais mas, até o momento, nada confirmado.
Foram mais de duas semanas apurando as informações sobre os possíveis sequestros, desde entrar em contato com as pessoas que relataram sobre os ocorridos, até mesmo confirmar com a Secretaria de Segurança Pública sobre os relatos. O caso tem causado pânico entre os pais que moram nas comunidades do Alemão e da Penha, deixando no ar, se de fato ocorreram ou se é apenas mais um boato das redes sociais. Nos últimos meses, as famosas ”Fake News” tem ganhado pauta das grandes empresas de comunicação do país, além de gerar sérios problemas na sociedade. Como todo boato tem um inicio, nossa equipe resolveu apurar mais sobre essas informações que estão amedrontando os moradores da região.
RECEBENDO OS RELATOS
Nossa equipe começou a receber as informações dos possíveis sequestros duas semanas atrás, compartilhadas através de um grupo de Whatsapp, onde contem moradores do Complexo da Penha. Uma moradora, que não vamos identificar, relatou que um carro preto (Uno), havia tentado colocar uma garota de apenas quatro anos, dentro do veiculo em uma rua do Complexo da Penha, zona norte do Rio. No relato, ”X” informou que ouviu de uma mulher (terceira pessoa) que subia a ladeira, a informação do ”possível sequestro”.
Sem pensar duas vezes, ”X” postou em seu Facebook sobre o ocorrido que ela tinha ouvido que, em questão de minutos, fora compartilhado milhares de vezes nas redes sociais. Nossa equipe, em seguida, entrou em contato com ”X” para saber mais sobre o caso; se ela tinha visto o momento da possível tentativa de sequestro ou se conhecia as vitimas, mas… ela apagou a postagem e bloqueou um dos nossos membros da equipe.
NOVOS CASOS E PERSONAGENS SURGIRAM
Os relatos não paravam e a todo momento, novos casos surgiam nas redes sociais. Nossa equipe se via travando uma batalha contra as informações. Cada vez mais os moradores ficavam com medo, evitando de deixar as crianças sairem de casa sozinhas ou irem na rua. Continuamos a entrar em contato com as pessoas que informavam sobre os relatos na esperança de conseguirmos desvendar esse caso ou até mesmo, de fato, encontrar uma vitima das possíveis tentativas de sequestros. Sem sucesso, todas as pessoas que relatavam, receberam através das redes sociais ou ouviu de terceiros sobre. Ainda sem encontrar uma vitima, nossa equipe, afim de desvendar o caso, começou a entrar em contato com os órgãos públicos de segurança.
SEGURANÇA PÚBLICA
Sem sucesso de respostas sobre o caso ou até mesmo encontrarmos uma vitima dos casos relatados, nossa equipe decidiu entrar em contato com todos os órgãos públicos da região. Policia Civil, Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), Comando de Policia Militar, Centro de Policia Pacificadora (CPP) e Disque Denúncia. Até mesmo o Instituto de Segurança Pública (ISP), pra ver se tinham alguns dados de desaparecimentos na região. Nenhum deles confirmou os relatos e informaram que, nenhum boletim, registros de ocorrências ou denúncias (através do disque denúncia) foram feitos sobre os ocorridos.
Até o momento, mesmo com todas as negações sobre o caso, seguimos aqui acompanhando e investigando mais sobre os ocorridos, mesmo sem ter surgido, até o momento, nenhuma vitima que possa nos ajudar a alertar as autoridades. Apesar de serem boatos ou não, é sempre bom ficarmos alertas com as informações passadas nas redes sociais, investigar antes sobre os relatos e termos atenção, não pânico.
NOTAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Entramos em contato com todos os órgãos de segurança pública e pedimos mais informações sobre os relatos.
Apesar de negarem os ocorridos, eles disseram que vão abrir investigações sobre todos os relatos e informações passadas pela nossa equipe e alertarão as diligências, delegacias e Upps.
– Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ)
Voz das Comunidades,
– Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ)
– Unidades de Policia Pacificadora (UPP)
Prezados,
Sem relatos, até o momento.
As demais demandas de imprensa sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) devem ser encaminhadas para o endereço.
– Instituto de segurança Pública (ISP)
Até o momento, não recebemos respostas.