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Bairro da Penha completa 100 anos no próximo domingo

Penha. Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades
Bairro da Penha. Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

Aos pés da Igreja Nossa Senhora da Penha, o bairro fica na Zona Norte da Cidade, mais precisamente na localidade da Leopoldina, tem o título de um dos mais antigos da cidade e completa essa semana 100 anos. Vizinha de Olaria e Penha Circular, a Penha é lar de quase 80 mil habitantes que circulam pela Rua dos Romeiros e proximidades sempre que precisam tratar assuntos de cunho comercial.

Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

Apesar da pegada industrial que marca a região desde a chegada do Cortume Carioca, antiga fábrica têxtil famosa no bairro e das ruas agitadas pelo comércio, como a Montevidéu, Lobo Jr e a Avenida Brás de Pina, as residências ainda predominam na Penha e dividem o espaço com grandes redes de mercados, dois shoppings (Leopoldina e Penha) e o polo gastronômico que são vistos como um dos pontos de referência na região, junto com o Parque Shanghi.

Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

Transporte

O BRT Transcarioca e o transporte ferroviário são os principais meios de circulação no bairro da Penha, que é muito bem servido de conduções, dispondo também de diversas linhas de transporte coletivo que cruzam desde a zona Norte a Oeste, Sul, Centro e Baixada além de possuir fácil acesso a Avenida Brasil.

Área verde

O bairro da Penha possui uma grande Área de Proteção Ambiental que passa de 150 quilômetros quadrados e a Serra da Misericórdia é um dos espaços florestais mais conhecidos. Projetos como Penha Verde, Fazendinha da Penha e a Sociedade Nacional de Agricultura são alguns dos responsáveis por administrar e tomar os devidos cuidados. Andando pelo bairro é fácil encontrar também pracinhas que servem de área de lazer, como a Pan-americana, a Santa Emiliana que está localizada no IAPI da Penha, a Praça Caí, Portugal, São Lucas, entre outras.

Celebridades

É da Vila Cruzeiro, no Complexo do Penha, que o Jogador Adriano se orgulha em dizer que é cria. Lá também rolava o famoso Baile da Gaiola, a festa que atraia diversas celebridades para a favela graças ao som do Dj Renan, que contribui na popularização da cultura da favela e hoje luta pela liberdade. Assim como o eterno imperador, do bairro surgiram também os jogadores Gonçalves, Athirson e o goleiro Julio Cesar.

Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

Curiosidades

  • por: João Victor Gonçalves

Você sabia que a muito tempo atrás, a Penha possuía uma região praieira, próxima ao mangue do Saco do Viegas (região que fica ali na altura dos viadutos Lobo Júnior e Luzitânia)? A região era conhecida como  “MARIANGU”, nome indígena de uma ave encontrada frequentemente na Baía de Guanabara. Nela surgiu o Porto de “Maria Angu” (ali em Olaria no final da rua Pirangi), alí partiram embarcações para o centro do Rio de Janeiro colonial.

Boa parte do litoral da Penha era composto por um manguezal bem grande (principalmente na altura da Lobo Júnior até o mercado São Sebastião), até que começaram a acontecer grandes aterros. Hoje, a região praieira da Penha pertence à Marinha do Brasil, e a região da Praia da Moreninha e comunidade de pescadores (que hoje é conhecido como favela da Kelson’s ou favela da moreninha) pertencem à Penha Circular e não ao Complexo da Maré como muitos pensam.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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