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Aulas presenciais retornam, mas o passe universitário continua suspenso

Frequentar a universidade está cada vez mais caro

Foto: Reprodução / Passe Livre Brasil

O passe livre universitário é um cartão de gratuidade para ser utilizado em ônibus municipais do Rio de Janeiro, VLT e BRT, voltado para estudantes que estejam cursando o Ensino Superior. Possuem direito ao benefício os alunos que ingressaram na universidade através do sistema de cotas do Governo Federal ou do Programa Universidade para Todos (ProUni) e universitários com renda familiar per capita de até um salário mínimo. Desde o início da pandemia, em 2020, o passe livre universitário está suspenso e até o momento a Prefeitura do Rio não divulgou nenhuma data para a volta do benefício, mesmo com pressão dos estudantes.

Cursos como Medicina e Odontologia já retornaram com as aulas presenciais devido à necessidade da prática e muitos estudantes estão passando sufoco para garantir a quantia necessária para o transporte de ida e volta da universidade. Vale lembrar que a passagem de ônibus na cidade do Rio de Janeiro custa R$ 4,05. Para estudar um mês, durante a semana e utilizando somente dois bilhetes por dia, uma pessoa precisaria desembolsar em média R$ 178. Valor que daria para pagar uma cesta básica. 

Com a suspensão do passe livre, a permanência na universidade e a continuação dos estudos se tornam um grande desafio, principalmente para alunos negros, de baixa renda e moradores de favelas.

A Prefeitura informou, em nota, que a oferta da gratuidade exige contrapartidas financeiras do município que garantam o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e que o tema está em análise para que o benefício volte a ser concedido aos estudantes.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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