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Até o último por cento de bateria

Você acha que pode estar viciado em se manter plugado nas redes sociais?

Existem cerca de 3,2 bilhões de pessoas conectadas na internet em todo mundo, porém, existem também, cerca de 4 bilhões de pessoas não conectadas em qualquer tipo de rede tecnológica, segundo a União internacional de Telecomunicações.

O mundo como vimos hoje é super digital. Pelas ruas, bares, lojas, o que mais avistamos são pessoas ligadas diretamente a algum tipo de tecnologia ou “online” em suas redes sociais. O uso da tecnologia aumentou muito desde 2000, quando apenas 400 milhões de pessoas andavam conectadas as redes. As principais características das pessoas andarem conectadas 24h é, nada mais que, a praticidade de se comunicarem com diversas pessoas ao mesmo tempo e ainda melhor, sem saírem de seus lugares. Você pode conversar em tempo real com um amigo de outro bairro, ou até mesmo outro país, enquanto assiste a sua série preferida no mesmo aparelho.

As ferramentas usadas para todo esse processo, ajudou bastante no avanço da comunicação mundial. Noticias, informações, conversas, ou até mesmo matar a saudade de um parente distante, tudo pelo celular. Essa praticidade ajuda bastante, além de economizar dinheiro e tempo de viagens.

Mas será que isso não torna as pessoas sedentárias e acaba com a socialização?

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Não precisamos ir muito longe para percebermos o grau de utilização das redes pela população. Ande pela rua e perceba as pessoas ao seu redor.

Segundo pesquisa feita pela UIT, a cada 10 pessoas, 8 delas estarão com aparelhos telefônicos conectados a internet. Por um lado, mantemos o número de pessoas conectadas evitando gastos desnecessários e, até mesmo tempo. Por outro, vemos pessoas no estilo digamos “Zumbis” andando pelas ruas.
“Eu cansei de passar pela rua, ou pela calçada, e ser esbarrado por diversas pessoas que estavam com os olhos grudados no celular. Acontece mais com frequencia nos cruzamentos, calçadas e no metrô. Complicado” Conta o Técnico em Solda Ednei Barbosa da Silva Junior, 40, morador da comunidade da Alvorada há 34 anos. Pro Soldador, o problema maior está no perigo em que as pessoas correm, ao andar com os olhos no celular e não na rua. “Já vi muita gente cair das escadas e até mesmo esbarrar em postes.”

Outros grandes problemas por estar conectados em celulares pelas ruas, são causados pelos motoristas. De acordo com o seguro Dpvat, pago em caso de morte ou invalidez, são registrados cerca de 1,3 milhão de acidentes por ano relacionados ao uso do celular. Os dados também mostram que 80% dos motoristas admitem que utilizam o aparelho ou outras tecnologias que geram distração enquanto dirigem. Já Polícia Rodoviária Federal, do início do ano até agora, foram aplicadas mais de 10.500 multas em todo o país pelo uso de celular ao volante. Dados enviados pela mesma. Já o Observatório Nacional de Segurança Viária diz outra causa. Os dados apontam que 98% dos acidentes de trânsito são causados por erro ou negligência humana. Em primeiro lugar no ranking está a prática de fazer ligações ou mandar mensagens enquanto dirige. A multa para quem for pego falando ao celular enquanto dirige é de R$ 85, além de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

Então, você acha que consegue identificar que é um viciado em celular? Será que sobreviveria até o ultimo por cento de bateria? 

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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