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Arena Dicró recebe roda de conversa sobre sexualidade

Encontro tem o objetivo de promover o diálogo entre público e mediadores sobre LGBTfobia, HIV, afetividade e assuntos relacionados

A Arena Dicró, na Penha, recebe neste sábado (25) a roda de conversa Saúde, Subúrbio e Sexualidade. O encontro tem o objetivo de esclarecer as dúvidas do público LGBT sobre a prevenção do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, além disso a ação também irá falar sobre o respeito às pessoas que vivem com o vírus.

Para mediar o papo o encontro conta com a participação da educadora e ativista trans Alessandra Makedda, da psicóloga Luísa Tapajós e do educado e ativista Jean Vinicius Oliveira.

O projeto que foi idealizado pelo ativista Felipe Martins e teve o início em janeiro deste ano, tem como objetivo principal promover a interação dos mediadores com o público presente através de um papo coletivo sobre LGBTfobia, afetividade, HIV, a promoção de saúde de mulheres trans e cis lésbicas e os desafios além da prevenção. 

Outro ponto alto do projeto são os exemplares de material educativo sobre prevenção ao HIV, que foram impressos graças à colaboração popular em uma vaquinha online e presencial. 

“Fizemos uma edição especial da nossa revista, Rio Gay Life, com todas as páginas dedicadas ao tema do HIV/AIDS. A revista contaria com o apoio do Ministério da Saúde, mas perdemos este recurso em cima da hora. Graças à participação popular estamos conseguindo, desde o início do ano, distribuir os exemplares para a população”, explicou ele, criador e editor de Rio Gay Life . 

Distribuída em diversas favelas e bairros do Rio, a Rio Gay Life, nasceu com a intenção de levar o conhecimento sobre novas formas de prevenção ao HIV. Segundo, Felipe Martins, em muitos encontros ele notou que havia uma falta de informação muito grande da população sobre o assunto. 

“Nas conversas com especialistas sobre o tema, ouvi repetidamente que a Prep e a Pep são desconhecidas sobretudo pela população periférica. Estamos constatando esse desconhecimento ao distribuir os exemplares. Isso acontece na periferia e até mesmo em espaços onde você imagina não encontrar esse tipo de situação. Participei na semana passada de um evento na Faculdade de Educação da UERJ e perguntei ao público presente no auditório quem sabia o que é Prep e Pep. Apenas uma pessoa levantou a mão. É preocupante esse quadro que só piora com a falta de atenção do novo governo para este tema”, contou o ativista. 

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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