Anderson Kipula dos Descolados representa o Rio de Janeiro em Festival internacional de danças urbanas

Foto: Divulgação
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Pela primeira vez o Passinho foi inserido em um evento de proporção mundial 

O Festival Internacional de Hip Hop (FIH2) chega à sua 16º edição com mais de 100 coreografias e os maiores dançarinos do mundo, dentre eles, Anderson Kipula, representando o passinho. O evento, que acontece em Curitiba desde 2002 cresceu e atualmente é um dos maiores do mundo voltado para as danças urbanas e o maior da América Latina. Neste ano, três mil dançarinos de sete países se apresentaram para cerca  seis mil espectadores. O coreógrafo dos Descolados – companhia artística do Fumacê- conta sobre a experiência.

”Eu me vi em um momento, em que não estava só representando o Rio de Janeiro e o passinho, e sim um estilo de dança que está entrando agora em grandes circuitos internacionais. Instituições grandes como a Red Bull estão se aproximando do estilo, devido à proporção que chegou. De uma certa maneira, também estava representando o Brasil dando workshop de um estilo genuinamente brasileiro para vários dançarinos de outras partes do mundo”.

Convidado através de uma parceria entre o Favela em Dança e a Red Bull Amaphiko, Kipula participou no terceiro e último dia do evento. Durante anos, o passinho vem quebrando as barreiras do preconceito e se consolidando como uma modalidade de dança urbana. “O passinho é nosso, foi criado dentro da favela, pelos favelados, é de suma importância que ele consiga expandir, se alastrar, derrubar os estereótipos, as meninas estão chegando cada vez mais”.

O professor de dança vem experimentando e aperfeiçoando o Passinho desde 2013, quando começou a integrar os Descolados, no Fumacê, zona oeste do estado. Atualmente, o grupo finalizou as gravações do curta Rio Ópera Funk que foi gravado na própria comunidade, Santa Cruz, Ilha do Governador e Inhaúma. E estão aguardando a edição final.

O FIH2 ocorreu nos dias 7,8.9 de julho no teatro Positivo que é o maior do Paraná e o mais bem equipado do Brasil. Além das competições entre os grupos de dança que se apresentaram, o festival reuniu palestras, exposições e workshops relacionados a temas como Economia Criativa e Empreendedorismo, que foram amplamente debatidos durante todo o evento. Além de ter promovido o contato e a experiência com a cultura urbana referenciada não só na dança, como no comportamento, na moda, na música e nos seus elementos caracterizadores.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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