Daniel Paulino
Voz das Comunidades Alagoas
Sem sinal de negociação, os agentes penitenciários do estado de Alagoas devem prolongar a greve que foi deflagrada no último final de semana por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), apenas os serviços essenciais como distribuição de alimentação, urgência e emergência e a segurança interna e externa.
Ainda segundo o Sindapen, a categoria exige que o governador convoque os sindicalistas para junto com o governo discutir e pensar em melhorias para as principais revindicações, que são cobrada desde o início do primeiro mandato do atual governador. Caso o contrário, a greve deve prosseguir por tempo indeterminado.
Com os agentes penitenciários em greve, as visitas da próxima quarta-feira (17) podem serem suspensas causando insatisfação e tumulto na porta do sistema penitenciário por parte das esposas e familiares de detentos do sistema prisional alagoano, como ocorreu na manhã do último domingo (14), onde os familiares dos detentos chegaram a bloquear a BR 104 e só foi liberada após uma negociação intermediada pelo Gerenciamento de Crises da Polícia Militar e por um representante dos direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL).
Em contato com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), o órgão informou que não foi oficialmente comunicado sobre o assunto e que medidas administrativas serão tomadas para punir o sindicato e a categoria.
Ainda segundo a categoria, as principais revindicações são o baixo efetivo, falta de armas não letais, falta de condições dignas de trabalho e a mudança da escala sem a comunicação antecipada, que vem causando insatisfação por parte dos agentes penitenciários.