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Tradição em muitas famílias, procura por peixe no Complexo do Alemão aumenta na Semana Santa

Corvina, tilápia e camarão são os tipos mais procurados pela clientela
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Corvina, tilápia, camarão; essa poderia ser a versão ‘água, coca, latão’ das peixarias na Semana Santa, tradição religiosa cristã. Os três tipos são os mais procurados pelos clientes para a data e, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, não poderia ser diferente. E, com isso, vale ressaltar que Grota e Nova Brasília são as localidades que têm duas das peixarias mais conhecidas da região.

A peixaria da entrada da Nova Brasília existe há 52 anos. Léo do Peixe, como é conhecido o proprietário da venda, é neto do fundador, Seu Júlio. Ele conta que o movimento sempre melhora na quinta-feira, no entanto, quarta-feira o movimento da clientela não parava sequer um momento. O horário de funcionamento é entre 7 da manhã e 8 da noite, mas que quinta e sexta, que é o dia mais agitado, funciona até cerca de 9 da noite, contou Léo. 

Léo do Peixe
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Dona Marlene Mendes, de 69 anos, estava comprando sua tilápia e contou que na família dela é uma tradição comer peixe na Sexta-feira Santa. “A família vai estar toda junta; é a nora, o neto, o filho, o marido… O almoço vai ter entre 15 e 18 pessoas”, contou ela, que estava com a filha de 19 anos, Luana Vitória.

Dona Marlene e sua filha Luana
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Na entrada da Grota, tem a peixaria administrada pelo Wilson Silva, de 51 anos, que trabalha com seu filho, Henrique de Jesus, 30. Ele disse, assim como o Léo do Peixe, que o movimento nesta quarta-feira estava devagar. “Amanhã e sexta melhora! A gente fica hoje até 9 da noite e quinta até meia-noite. Sexta só até umas 12 ou 13 horas porque o movimento cai. Mas sempre tem os retardatários que vem correndo e já não tem mais peixe”, disse. 

Wilson e Henrique
FFoto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Lá estava a dona Vera Lúcia, de 59 anos, escolhendo um peixe. Vera mora em Thomaz Coelho, também na Zona Norte, mas tinha ido visitar sua filha Lilian, que mora no Alemão, quando a venda do Wilson chamou sua atenção. Ela e sua família também têm como tradição comer peixe nessa data e afirma: “Tem que ter peixe!”. E, adivinha o que ela comprou? Corvina e camarão.

Dona Vera Lúcia
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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