No Morro da Babilônia, localizado nos bairros de Botafogo, Urca, Leme e Copacabana, Projeto Favela Orgânica distribuí quentinhas saudáveis a seus moradores e aos do Chapéu Mangueira, em período de pandemia do coronavírus.
Fundado há quase 10 anos pela ex-empregada doméstica Regina Tchelly, de 38 anos, o projeto vem nos últimos dois meses promovendo ações de distribuição de quentinhas saudáveis a eles. Poucos mais de mil quentinhas foram distribuídas.
“Eu trabalhava como empregada doméstica. Comecei a atuar e me dedicar com o Favela Orgânica. Ainda permaneci um ano trabalhando, mas logo em seguida deixei o emprego para me arriscar e viver o projeto. O principal intuito é ensinar a pessoa a ter melhores práticas de alimentação e também para melhor plantar, cultivar as coisas naturais , e que o morador pode sim ter condições de se alimentar de uma comida saudável, e pôr em ação estas práticas. Tanto que a única exigência que fazemos nas ações de entrega das marmitas é esta: dar sequência a tudo isso”, disse Regina Tchelly, fundadora do Favela Orgânica.
O projeto hoje possui de cerca de 15 participantes e tem como finalidade modificar a relação entre os moradores com os alimentos, evitar ao máximo o desperdício, buscando sempre cuidar do meio ambiente e combater a fome de forma prática. A partir do Ciclo do Alimento, atualmente tem sido distribuídas em média 400 quentinhas por ação, sempre no horário do almoço, mirando chegar a 600 unidades; ao mesmo tempo, preocupa-se em promover o consumo consciente, compostagem caseira, hortas em pequenos espaços e gastronomia alternativa, que é o aproveitamento total dos alimentos.
No ato de entrega das marmitas, além da comida, os moradores recebem também a receita e dicas de preparo de pratos, mudas de plantas para hortas, kits de chá, tudo com o intuito de dar sequência a essas medidas de consumo consciente.