É comum ouvirmos que paixão de Carnaval dura apenas até a quarta-feira de cinzas, mas as consequências do sexo sem preservativo podem durar muito mais tempo.
Anteriormente denominadas como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), atualmente são chamadas de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). A mudança na nomenclatura é para sinalizar que o vírus ou bactéria pode ser transmitido através do ato sexual (oral, vaginal ou anal) sem preservativo, mesmo que o portador não apresente sintomas.
As várias IST existentes (herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, e outras) apresentam sintomas e características distintas. O diagnóstico e tratamento são oferecidos gratuitamente pelo SUS. Após praticar sexo sem proteção, é importante que se faça exames laboratoriais para verificar se houve contaminação. O acompanhamento médico evita que o problema se agrave e acarrete consequências como infertilidade, câncer e até mesmo a morte.
Por isso é fundamental que existam campanhas de conscientização da importância do uso da camisinha. De acordo com a Superintendência de Promoção da Saúde da SMS-Rio, neste mês será lançada a campanha “Rio, carnaval de prevenção”, que contará com a distribuição de preservativos e material informativo.
Além dessas ações, é importante que se invista em pesquisas que considerem as demais ISTs. O EPI-RIO (Observatório Epidemiológico da Cidade do Rio de Janeiro) apresenta apenas os dados sobre casos de HIV e Sífilis. Segundo esse órgão, em 2022, o município registrou 2933 casos de infecção por HIV e 12.302 de Sífilis. Mais da metade desse número representa jovens de 15 a 29 anos, faixa etária de muitos foliões cariocas.
Então, nesse carnaval, divirta-se, mas com proteção. Use camisinha.
Texto: Barbara Machado / Imagem: Reprodução