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“O medo é de cair em cima das crianças”; postes antigos são motivos de preocupação na Barreira do Vasco

Moradores relatam que Light só vai no local pra tirar foto, mas nada de efetuar o serviço de troca
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Um dos grandes problemas enfrentados pelos moradores da Barreira do Vasco, Zona Norte do Rio de Janeiro, são os postes de madeira da comunidade. Antigos, algumas estruturas já apresentam sinais de rachaduras e o perigo de cair sobre as casas e pessoas é uma realidade.

Dentro da Barreira, na Vila do Expedicionário, bem em frente ao número 16, existe um enigma: não se sabe se é o poste que está segurando os fios ou vice-versa. A base da estrutura já está fora do lugar e os próprios moradores já fizeram uma obra de manutenção para manter a estrutura em pé. “Ele era bem em pezinho, sabe? No início colocamos uma escora de madeira nele pra manter ele reto. Mas não adiantou. O que tá segurando ele são os fios. Ele está assim faz mais de 8 anos”, relatou Valdemir de Souza da Silva, cozinheiro de 49 anos. O morador também contou que, junto com vizinhos, colocaram uma massa na base da estrutura, mas também não adiantou. “Muitos já vieram aqui, tiraram foto, mas nada foi feito”.

“Quando eu era menor, ele já era torto. Mas hoje tá muito mais”, conta o universitário Bruno Santos da Silveira, 26 anos. Também localizado na Vila do Expedicionário, o que segura o poste é uma corrente amarrada à uma casa. Bruno conta que a preocupação é com as crianças que brincam no local. “Eu tenho um irmão de 7 anos que joga bola aqui junto com os amigos dele. E esse poste pendurado aqui é uma preocupação. É uma tragédia anunciada”.

O Beco do Baiano, outro ponto na comunidade da Barreira do Vasco, há um poste muito inclinado que é sustentado pelas casas na lateral. Com risco de queda, ele fica próximo a entrada de um beco muito movimentado na comunidade. O Rosalvo Ribeiro de Lima, de 60 anos, descama camarão enquanto conversa com a nossa equipe sobre o poste que fica ao lado do seu estabelecimento. “Esse poste está assim desde com início do primeiro mandato de Eduardo Paes. Quando eles cavaram pra fazer a rede de esgoto, deixaram o poste assim”. Ele conta que repassa a informação para Associação de Moradores da Barreira do Vasco que, por sua vez, entra em contato com a Light. “Aí vem um cara de moto da Light aqui, tira foto e vai embora. Mas até agora, nada foi feito.”

Problema não é de hoje

A Barreira do Vasco tem postes de fibra dentro da comunidade. Não sendo de concreto, a montagem é diferente e resolve o problema, segundo conta Vânia Rodrigues da Silva, presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco. “Essa situação já tá até sem graça. A gente manda protocolo, código de instalação, fotos… Aí vem o motoqueiro, faz a foto do poste e os moradores já ficam na expectativa. Mas não. Ficamos só na ilusão. Passa uma semana, quinze dias… E nada. A gente reclama com a Light e nada”.

Vânia relata que a falta de manutenção de postes também afeta outros serviços públicos. “A gente tem uma proximidade com a Rio Luz e eles sempre vem fazer manutenção das lâmpadas. Mas tem vezes que eles não conseguem porque o poste é muito antigo.”

E aí, Light?

O Voz das Comunidades entrou em contato com a concessionária questionando sobre prazos de troca ou estudos que estejam realizados sobre a troca de postes na região. Até o fechamento deste material, apenas tinha solicitado fotos dos locais. O Voz das Comunidades seguirá acompanhando o caso.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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