O projeto Novo Viver é se concretiza como um propósito social de grande importância para a comunidade do Complexo do Chapadão. Localizado na Rua João Alfredo de Freitas, 88, Anchieta, o projeto, que começou em 2019, distribui quentinhas e oferece cursos gratuitos para pessoas de vulnerabilidade.
O projeto é dirigido pelas irmãs gêmeas Fabiene Cuinas e Daniele Cuinas, de 43 anos. Fabiene é assistente social e sempre teve o sonho de ter um lugar onde fizesse a diferença ajudando pessoas. Já Daniele trabalha como auxiliar administrativo no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e decidiu ajudar sua irmã nessa ação.
Danielle disse que é muito gratificante ter esse projeto ajudando diversas pessoas. “Vem gente de muitas localidades. Vem gente de Costa Barros pegar quentinha. Nosso projeto está crescendo cada dia mais”, afirmou.
A cozinha é gerenciada por três voluntários e uma delas é Patrícia Gomes, de 35 anos, que trabalha há 1 ano na ação. Ela relata que o projeto mudou sua vida. “Eu comecei como usuária daqui. Tinha depressão e estava desempregada. Aí me chamaram para ajudar na cozinha. Hoje eu consigo criar meus três filhos com a ajuda de custo da cozinha. O projeto começou a melhorar minha vida”, conta.
Os alimentos arrecadados pelo Novo Viver vem da Prefeitura do Rio. O preparo e a distribuição partem do próprio projeto. Em média, são distribuídas 280 a 300 quentinhas para pessoas em extrema pobreza. O serviço funciona de segunda à sexta-feira
Cursos, oficinas e atendimento à população:
Pilates, ballet, curso de elétrica, manutenção de celular, designer de sobrancelha e manicure são alguns dos cursos oferecidos aos beneficiários pela ação. Quem desfruta desta gama de capacitação é a manicure Maria Emília Alves, de 77 anos, que fez o curso de manicure. “Adoro o projeto. É muito bom, me ajudou na profissão. Agora consigo me virar”, disse.
O professor e técnico de celular Wagner Costa, de 45 anos, dá aula no local e disse que é gratificante participar dessa ação e que sempre trabalhou ajudando o próximo. “Esse projeto pra mim é algo que faço com muito zelo, muito carinho pra poder somar junto com eles no conhecimento. Muitos deles já estão atuando no ramo, e isso me deixa feliz”, completou.
O Novo Viver também oferece serviços de convivência e reforço escolar, que são atividades que mais atraem os frequentadores. Além disso, também conta com atendimentos na área da saúde como psicólogo, psicopedagoga e fisioterapia.
O médico e psicólogo Ari Cavalcante, 32 anos, é voluntário do projeto. Ele começou em 2021 e relatou sobre a necessidade de atender as pessoas na região. “Tem pessoas aqui com depressão profunda. Não saem de casa nem conseguem trabalhar. E ao longo do processo, conseguem sair de casa e ter uma vida nova. Alguns pacientes já deram alta. Com isso conseguimos ver o resultado”, conclui.
Quem quiser conhecer mais o projeto e participar com algum auxílio, pode entrar em contato pelo Instagram @projeto.novoviver.