Final de ano chegando e o comércio da favela está bem movimentado. Mesmo com a crise financeira por conta da pandemia, o que se viu na véspera do Natal foi lojas cheias e muitas promoções pelo comércio do Complexo do Alemão. E moradores em busca de melhores preços estão ganhando mais opções de pesquisas de preços dentro da favela.
Empresas varejistas também estão investindo pesado em espaços dentro e em volta do Complexo, como é o caso da rede de mercado Atacadão que inaugurou sua filial Itaóca próximo do Natal (23). E quem teve o poder de compra, garantiu que teve a opção de pesquisar.
É o caso da moradora do Loteamento, Mônica de Oliveira, 37 anos: “Eu peguei meu salario, paguei as contas e o que sobrou fui comprar as comidas. Saí para pesquisar, pois sabia que final do ano ia ser complicado, tenho 3 filhos, e como esse ano foi tudo bem difícil precisava prestar atenção nos preços. Não precisei ir para longe, no Alemão tem tudo, teve padaria vendendo pão de rabanada por R$ 6,50 e na entrada da Brasília estava 3 por R$ 10,00. Fui em 3 mercados e o que inaugurou na Itaóca estava com o preço do leite condensado mais em conta. Andei, mas economizei.”
Mas a economia da favela também se faz com o comércio local e quem tem loja pelo Alemão pode comemorar as vendas no final de ano e garantir bons lucros, como é o caso da empresária Gleice Soares, proprietária da loja Closet Certo, que fica na subida da Alvorada, no Alemão. “Por conta da pandemia foi bem difícil encontrar produtos para revenda, tudo está muito caro e os produtos aumentaram demais, então optei em trazer peças de qualidade e com valores acessíveis. A venda me surpreendeu e no dia 24 as pessoas têm o costume de deixar tudo para última hora, eu fiquei muito satisfeita com o resultado”, diz a empresária comemorando o período de vendas.
O fato é que a economia da favela gira mesmo com a crise e o poder de investimento, compras, vendas e pesquisas fazendo com que haja mais opções para a procura por comércio e serviços de qualidade.