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Moradores comentam sobre possibilidade de novo parque na comunidade do Jacarezinho

Governo do Estado do Rio demonstrou intenção de construção de parque em antiga área de fábrica
Foto: Agencia O Globo

Antigamente, o bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tinha intenso movimento de operários da fábrica de lâmpadas General Eletric (GE). A fábrica, vizinha da comunidade do Jacarezinho, ocupava grande extensão do terreno, teve troca de direção e, em 2011, fechou as portas definitivamente. Desde então, uma densa vegetação tomou conta do local. Mas o Governo do Estado do Rio anunciou interesse na área, com o objetivo de criar um Parque do Jacarezinho, para atender a população da comunidade.

Inicialmente, o plano do Estado prevê um investimento de R$ 43,1 milhões para ocupar 1/5 do terreno da antiga fábrica para instalação do parque. O restante da área ainda não tem decisão definitiva. O Estado prevê uma estimativa de até 18 meses, o local conte com uma “vila olímpica, mercado de produtos de agricultura familiar, uma unidade da Faetec, uma sede de um novo batalhão da PM, pistas de skate e posto de saúde”. Outros serviços também estão sendo estudados para implantação.

Moradores comentam sobre o novo parque

Daniele Cordeiro, assistente social e moradora do Jacarezinho. Ela comenta que mesmo não tendo acesso ao plano do Estado na íntegra, acha que a construção do parque será algo proveitoso para a comunidade. “A comunidade terá um espaço para ter contato com a natureza (pois o local e bem arborizado), vai estimular o lazer e as atividades físicas (que trazem diferentes benefícios psicológicos, sociais e físicos como, por exemplo, prevenção de doenças, a redução do sedentarismo e do estresse). Eu espero que de fato que esse plano não fique só no papel, enfim que esse parque sirva como uma espécie de “porta de entrada” para introdução de mais políticas públicas, pois estamos precisando.”

Leonardo Silva é comerciante e pratica esportes em um local de acesso ao terreno e achou uma ótima ideia a ação do Estado em tranformar a área em um parque. “É o que falta pra comunidade. Por diversas vezes o Estado entrou com a polícia mas nunca com a educação , sem projetos e espaço pro lazee, cultura e educação. Espero que seje um divisor de águas, que não traga só melhorias mas também traga visibilidade de coisas boas para o Jacarezinho”, concluiu.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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