Grande final do reality Dance Off premia o melhor dançarino de favela nesta terça (15)

Quatro finalistas concorrem ao prêmio de 20 mil reais e um estúdio de dança na comunidade

A primeira temporada do reality show, Dance-Off, chega ao fim nesta terça (15), às 21h, depois de mais de um mês de competição. Dos 100 dançarinos que começaram no game, quatro finalistas estão concorrendo ao prêmio de 20 mil reais, mais um estúdio de dança na comunidade do vencedor. O evento será transmitido ao vivo no canal oficial da Game XP, no TikTok e Youtube, e também no canal Música Multishow, no YouTube. 

Na última etapa do programa, os dançarinos vão se enfrentar no Just Dance, videogame que inspirou o Dance-Off. Quem vai julgar o desempenho dos finalistas tem autoridade no assunto: o campeão mundial de Juste Dance, Diegho dos Santos, a cantora Ludmilla e o jurado técnico do programa, Marivaldo dos Santos, músico, percussionista e performer no grupo americano Stomp.

Os grandes finalistas são: 

João Paulo: conhecido como JP Black, de 39 anos, é cria do Complexo do Alemão. Professor de dança na comunidade há mais de 20 anos, já participou de grandes campeonatos de dança nacional e internacional, sempre representando a comunidade. Também foi dançarino da Xuxa, por quase dois anos e fez parte do corpo de dançarinos principais das Olimpíadas Rio 2016. Além de ter participado da criação do espetáculo ‘Zona Branca’, em 2005, na França e fez turnê pela Holanda e Tunísia. Atualmente continua com seus projetos dando aulas gratuitas para crianças e adolescentes.

João Soares: 19 anos é cria do Morro do Pau Branco, em São João de Meriti e hoje se dedica 100% à dança, mas também é ator. O bailarino é professor de Samba, competidor de batalhas de danças populares nordestinas e passista. Nesse ano, João ganhou o “Samba Congress”.

Luana Luara: está representando a comunidade da Caixa d’Água, em Belford Roxo. Dançarina desde 2008, vem se destacando no Hip Hop nacional e internacional. Integrante e fundadora de Crews (coletivo de dançarinos) importantes, como a VP Crew e The Flow – BF tem em sua bagagem prêmios como o Red Bull BC One- 2018, a Arena Híbrida Pocket 2019 e o RioH2K- 2019. Atualmente dedica-se a compartilhar seus conhecimentos de dança.

Marcelly Mello: mais conhecida como Celly IDD é cria do Morro dos Macacos, no bairro de Vila Isabel e contribui para a formação, concepção e construção estética da mulher no Movimento Passinho. No qual começou em 2007, fazendo parte da primeira geração da dança na favela, mas só em 2012 se profissionalizou no estilo. Membro do grupo “Passinho Foda”, participou de grandes festivais e eventos nacionais e internacionais.

Ao longo das últimas quatro semanas, dançarinos de diversas favelas do Rio de Janeiro puderam mostrar um pouco do seu talento nos episódios do Dance-Off. Foram 100 artistas convidados, mas somente 16 participaram do programa. Para chegarem lá, todos participaram de três seletivas – uma delas foi uma votação popular que recebeu quase cinco milhões de votos. O quarto episódio distribuirá 50 mil reais em dinheiro, sendo que o vencedor levará pra casa 20 mil reais + estúdio de dança. Todos os 16, que entraram para o programa ganharam alguma premiação em dinheiro e já estão confirmados entre os dançarinos do Espaço Favela da próxima edição do Rock in Rio.

O Dance-Off faz parte de uma plataforma de conteúdo da Game XP, o maior evento de games da América Latina e o primeiro Gamepark do mundo. E tem como objetivo manter o evento gamer próximo ao público durante o ano inteiro. Para a CEO da Game XP, Roberta Coelho, a primeira edição do Dance-Off chegou para ampliar as vozes e colocar um holofote nos artistas moradores das favelas cariocas.

 “As favelas são palcos para muitos artistas. Tem muita gente talentosa que merece oportunidade e o nosso objetivo, enquanto reality show, foi proporcionar isso. Terça-feira é a nossa grande final. Vai ser incrível. Tenho certeza de que é a apenas o início para estes talentos que passaram pelo Dance-Off. Aposto que eles vão longe”, acredita.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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