O Governo do Estado lançou, nesta quarta-feira, uma cartilha sobre drogas para ser distribuída aos professores da rede estadual de ensino e da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). O lançamento foi no Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, às 10h, localizado à Estrada do Itararé, nº 690, no Complexo do Alemão. Intitulada “Tudo o que você pensa que sabe sobre drogas”, a cartilha é fruto do projeto de pesquisa “Prisioneiros das Drogas”, do professor Oswaldo Munteal, da Uerj e das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), que contou com o apoio financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj).
Estiveram presentes os secretários de Estado de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, e de Educação, Wilson Risolia, além do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Inicialmente, 200 mil unidades da cartilha serão distribuídas para os professores. A distribuição é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, em parceria com as secretarias de Estado de Educação, Saúde e Segurança Pública e com o Tribunal de Justiça do Rio.
O material faz um alerta para os malefícios das drogas, incluindo o crack e o oxi, do álcool e até de remédios controlados.
– A cartilha será destinada aos professores, mas queremos o apoio da iniciativa privada para fazer mais um milhão e meio de cartilhas e distribuir aos alunos. Pretendemos incentivar a realização de encontros de pesquisadores, professores e familiares de alunos para que o debate sobre a dependência das drogas seja ampliado – diz o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.
Segundo o coordenador do projeto Prisioneiros das Drogas, Oswaldo Munteal, o objetivo da cartilha, que tem 34 páginas e usa termos acessíveis para os jovens, é funcionar como um manual para ajudar o professor a orientar os alunos nas salas de aula.
– A ideia não é criminalizar, não é uma cartilha moral. A ideia é ajudar a recuperar as pessoas das drogas. Os professores poderão orientar os alunos em três âmbitos: o legal, com informações sobre leis; o da saúde, enfocando a dependência e seus danos, e o da educação, com informações sobre as drogas e seus riscos – explica Munteal.
Fonte: Oglobo