Edson Lima dos Santos, 27, morador da Comunidade Alvorada no Complexo do Alemão, conta que começou a pichar muros aos 15 anos de idade e parou aos 27 anos quando viu seu amigo morrer. As reuniões com o grupo de pichadores era sempre de noite e pela madrugada eles atuavam. Foi num dia desses que eles subiram num prédio a moradora viu, gritou, seu amigo se assustou, caiu e morreu. “Pô foi ai que eu decidi sair do grupo, eu me lembrei que eu tinha família e não queria morrer assim”, desabafou.
Logo que decidiu sair, Edson resolveu entrar nas oficinas de graffiti do AfroReggae. “É melhor eu pintar um desenho que todo mundo gosta, do que me arriscar pichando, a adrenalina que a gente sente não vale á pena”, confessa. Hoje Edson trabalha meio período em Botafogo e toda quinta a tarde e sabádo pela manhã participa das oficinas do AfroReggae.”Agora toda mundo me diz: Parabéns tá grafitando melhor do que pichando”, declarou Edson.
Thamyra Thâmara