A autora Glória Perez, o diretor Marcos Schechtman e o elenco estiveram nesta terça (2) em um estúdio do Projac para apresentar a nova produção à imprensa.
O clipe com uma prévia da trama já indicou o vasto leque de personagens da novela. Serão 96 atores em cena, quase o dobro de “Avenida Brasil”. Na linha de frente estão Rodrigo Lombardi, Nanda Costa, Flávia Alessandra, Cláudia Raia e Carolina Dieckmann.
A zona norte do Rio vai permanecer em destaque no horário nobre. O Divino, fictício e exuberante bairro do subúrbio apresentado em “Avenida Brasil”, vai dar espaço ao complexo de favelas do Alemão, um dos cenários principais de “Salve Jorge”.
No novo folhetim de Glória Perez, a protagonista interpretada pela atriz Nanda Costa é uma moradora da região marcada por seu histórico de violência. Formado por 13 comunidades, o complexo do Alemão chegou a ser considerado o quartel-general da facção criminosa Comando Vermelho.
Imagens reais associadas a cenas de ficção vão reconstituir a ocupação das favelas, realizada por forças policiais e militares em novembro de 2010.
“Me emocionei com o resgate de uma parcela da população que vivia amedrontada, sob o domínio de leis paralelas, e quis dar visibilidade a ela. Por isso, situei a protagonista, a trama central, neste universo”, explicou Glória Perez, que vai abordar também o tráfico internacional de mulheres, cumprindo a cota de temas sociais sempre presente em suas tramas.
O tom exótico fica por conta do núcleo de personagens que vive na Turquia, seguindo a fórmula de “Caminho das Índias” (2009) e “O Clone” (2001), novelas de Gloria Perez ambientadas na Índia e em Marrocos, respectivamente.
Morena, a personagem de Nanda Costa, vai transitar nos dois extremos da história. A atriz já passou 40 dias na Turquia gravando cenas externas e, com frequência, tem ido ao Alemão.
“Cheguei a ficar dois dias acompanhando o trabalho de uma vendedora de bijuterias em uma barraquinha na entrada da favela da Grota”, diz Nanda, citando uma das comunidades do complexo. “Já gravamos algumas cenas por lá. Os moradores parecem felizes com a nossa presença.”
Via: http://www1.folha.uol.com.br/