Defensoria Pública vai prestar atendimento à comunidade
A Caravana de Direitos da Defensoria Pública do Rio, que tem o objetivo de ouvir moradores de comunidades para traçar um diagnóstico dos problemas locais, estará no próximo dia 23 de maio, a partir das 8h na Vila Olímpica do Complexo do Alemão, prestando atendimento, serviços sociais e esclarecendo dúvidas de moradores. O evento marca o lançamento da Campanha da Associação Nacional dos Defensores Públicos –ANADEP – que tem como tema as Defesas Coletivas.
Os Núcleos Especializados da Mulher, de Consumidor, Habitação, Criança e Adolescente, Sistema Penitenciário, entre outros estarão presentes para tratar de demandas da comunidade. As Associações dos Defensores Públicos Nacional e do Rio e a Defensoria Pública também promoverão uma Audiência Pública com o tema Construindo a Paz no Alemão, que irá reunir moradores, Defensores Públicos, ONGs e parlamentares para debater os caminhos que a própria comunidade deseja seguir para chegar à paz.
A intenção da campanha é conscientizar a população e as próprias entidades jurídicas de que a atuação da Defensoria Pública por meio da Defesa Coletiva é a melhor maneira de atuar a favor de grupos inteiros em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a presidente da Associação dos Defensores Públicos do Rio de Janeiro Maria Carmen de Sá, a intenção é solucionar problemas que devem ser resolvidos de forma coletiva. “Nós queríamos atuar em um espaço em que houvesse a possibilidade de juntar pessoas para falar sobre direitos coletivos. O Complexo do Alemão é um caldeirão de problemas que necessariamente terão que ser resolvidos da forma coletiva. É impossível tentar resolvê-los individualmente. Por isso é uma comunidade emblemática para lançarmos a Campanha” – explica.
Muito além da guerra entre policiais e traficantes, as 13 comunidades que formam o Complexo sofrem com a carência de conhecimento sobre seus direitos como um todo.
“Violência doméstica, serviços públicos deficientes, conflitos de posse entre vizinhos, contas indevidas, familiares presos e sem acesso à informação são alguns dos problemas que cercam o cotidiano desses moradores. É preciso um conjunto de iniciativas para se levar acesso pleno dessas pessoas à Justiça. A polícia não poderá nunca preencher essa lacuna” – afirma o Defensor Geral do Estado, André Castro.