Cena é comum para moradores e comerciantes, mas gari comunitário afirma que coleta acontece duas vezes por dia na Av. Itaóca
Quando o local que fica em frente ao antigo banco Itaú, na Avenida Itaóca, não fica tomado por lixo, os pedestres ainda conseguem caminhar na calçada. Mas se tornou uma cena comum ver os moradores trafegando pela pista e arriscando suas vidas. O pedido da população vai além da coleta de lixo; pede-se educação e conscientização para que a vizinhança jogue o lixo no devido lugar, pois mesmo com duas lixeiras enormes, que em geral ficam vazias, a localidade fica tomada pela sujeira.
A moradora Edvania Moura, de 28 anos, relatou que às vezes precisa passar com o filho de oito anos na rua. “Meu apartamento é aqui na frente. Hoje está até vazio, mas tem dias que não tem espaço na calçada”, declarou Edvania, revoltada.
Um gari comunitário, que preferiu não se identificar, afirmou que geralmente a coleta acontece duas vezes por dia e, quando só passa uma vez, a calçada fica realmente lotada. “As pessoas não têm o hábito de jogar o lixo nas lixeiras, elas jogam do lado. A falta de educação é o maior problema”, declarou o gari, que trabalha há 15 anos na região.
Uma senhora que estava passando com o neto na calçada durante esta reportagem reclamou que, por conta do lixo, já foi até machucada por um retrovisor de carro. “Estava com David Kaique, de cinco anos, quando fui atropelada. Outra coisa que me incomoda aqui é o mau cheiro. Não compro nenhuma comida nessa rua”, contou a moradora Ana Paula Rosa, de 43 anos.
Moradora Ana Paula Rosa, de 43 anos. Foto: Renato Moura/Jornal Voz da Comunidade
Para manter o local limpo, a conscientização do morador é fundamental. Vale lembrar que, além dos transeuntes, os maiores prejudicados acabam sendo os comerciantes, que perdem clientes por causa do cheiro desagradável que fica na área.