Jovens de uma escola no conjunto de Favelas do Alemão, no Rio, fizeram uma homenagem ao jornalista da TV Globo Tim Lopes. Nesta quinta-feira (2), faz nove anos que o repórter foi assassinado covardemente por traficantes.
No Centro do Rio, missa para lembrar os nove anos sem Tim Lopes. A outra celebração não poderia ser em um lugar mais representativo: o colégio estadual que leva o nome do jornalista fica no Complexo do Alemão, ocupado pelas forças de paz em novembro do ano passado.
É a mesma comunidade onde Tim foi assassinado em 2 de junho de 2002. Ele fazia uma reportagem sobre prostituição infantil em um baile funk, na Vila Cruzeiro, perto dali.
“De um momento de muita dor, a gente possa ter um espaço de luz, de evolução, de conhecimento”, disse a diretora da escola Maria Cristina Ferreira.
Foi um dia de eventos para os 800 alunos. Fizeram exames médicos para usar a piscina.
Manicures e cabeleireiras, formadas pelo curso profissionalizante, mostraram que estão prontas para um emprego.
No palco, teatro, música e homenagens que emocionaram a mãe e os irmãos de Tim Lopes.
“O orgulho realmente a gente constatou agora nos adolescentes dizendo: ‘é uma honra a gente estudar no Colégio Tim Lopes’”, contou Tânia Lopes, irmã de Tim Lopes.
Tim Lopes, que cresceu no Morro da Mangueira e que lutava pela valorização dos moradores de comunidades, não chegou a ver a pacificação das favelas. Mas quem vive em lugares como o Complexo do Alemão sabe que a paz de hoje começou com o trabalho dele há muito tempo, para trazer dignidade e cidadania a essas pessoas.
“Admiro muito a história dele e agradeço a ele onde ele esteja. Agradeço muito a ele”, disse a estudante Fabiana da Conceição.