A realidade dentro das comunidades é bem diferente do que acontece no asfalto e em bairros nobres da cidade. A ineficiência do Estado faz com que moradores, ONG’s e coletivos se organizem para ajudar com mais eficácia quem mora em regiões abandonadas por quem deveria cuidar das pessoas. Só quem mora na favela sabe exatamente qual é a necessidade do morador e os verdadeiros riscos que ele corre.
O Gabinete de Crise do Alemão, grupo formado pelo Coletivo Papo Reto, Mulheres no Alemão em Ação (MEAA) e Voz das Comunidades, foi criado para pensar e agir em coletivo sobre a COVID-19 nas favelas, e na última segunda-feira (04 de maio) parte da equipe realizou uma ação de higienização nos pontos de mototáxi, local bastante utilizado pelos moradores, já que as motos são extremamente usadas para a locomoção, sendo um dos principais transportes das favelas.
Cada desinfecção de ambiente é realizada entre 20 e 30 minutos e o material foi comprado a partir de doações. Morador do Morro do Adeus e integrante do Gabinete, Hector Santos é o principal responsável pela limpeza das áreas e conta que as pessoas estão reagindo positivamente. “Estou dando prioridade aos locais que estão recebendo doações, pontos de kombis, mototáxis e em torno das unidades de saúde”.