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Casas começam a ser demolidas para construção de novas moradias no Everest

O Superintendente Romildo Juca esteve na manhã de hoje (06) no parque Evereste, onde acompanhou o andamento do processo para a construção das 471 casas pelo projeto Minha Casa Minha Vida, prometidas pela Prefeitura do Rio para os moradores que foram retirados do local devido a enchente que ocasionou na perda total de diversas residências no dia 15 de fevereiro de 2018.

Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura

“Quando começa a chover um comunica o outro, mas pensei que estava tranquilo já que isso sempre acontece, só que dessa vez encheu fora do normal. A água vinha feita uma cachoeira, com onda e tudo! Minha vizinha estava gravida e ficou presa em casa, pois a água estava imprensando a porta dela e eu estava preso também com a minha família. A única coisa que consegui fazer foi botar meu filho em cima da viga antes de duas paredes da minha casa desabarem. perdi guarda roupa, fogão, fujão, a única coisa que não perdemos foi a vida.” – Comenta o vendedor de milho Eduardo Gomes.

“Foi feio! A água entrou com tudo de uma vez. Era madrugada e eu estava dormindo e acordei com as pessoas me chamando. Não deu tempo de tirar nada!” – Completa a moradora Maria Cristina Grego.

Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura

De acordo com Jucá, o trabalho está avançado e mais de 90% das famílias já estão cadastradas e recebem o aluguel social, que é temporário. A prefeitura começou a descaracterizar as residências que vão dar espaço as novas construções e que serão doadas para os moradores da comunidade que cumpriram com todas as etapas da documentação do cadastro. “Acreditamos que conseguiremos concluir esse processo antes do fim da candidatura do atual prefeito. Nosso objetivo é dar uma vida digna para quem vive aqui. Estamos planejando também um parque e uma área de lazer. Está tudo caminhando e não tem como retroceder”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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