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Audiência publica sobre ocupação do exército no Alemão

FOTO: Maycom BrumNessa sexta-feira (02/12) ás 9:30 aconteceu a primeira audiência pública organizada pelo poder público no colégio Tim Lopes no Complexo do Alemão. O tema da audiência foi: “Um ano de pacificação no Complexo do Alemão”. Entre os presentes na mesa estiveram: Marcelo Freixo, Alan Brum, Comitê de Desenvolvimento de Direitos Humanos, Rafael Dias (pesquisador de Direitos Humanos), vereador Eliomar Coelho, representante da OAB e representantes da Casa Civil: Amanda Cirqueira e Fernanda Barbosa entre outros.

A audiência foi realizada na comunidade com o objetivo de ter maior participação dos moradores, mas infelizmente numa sexta-feira pela manhã a maioria está trabalhando e houve pouca divulgação. Estiverem presentes representantes de ONGs como: Cufa e Observatório das Favelas, instituiçoes locais: Raízes em Movimento, Descolando Ideias, Jornal Voz das Comundiades, Grupo Pensar e Associações dos Moradores.

Durante a audiência Alan Brum se pronunicou levantando a questão: Qual é a função social do teleférico? Já que segundo levantamentos está por volta de 3 mil os usuários do teleférico. “O teleférico nao é e nem será a prioridade do morador. O transporte entre as comunidades já existiam, a principal demanda na comunidade é o saneamento universal (ou seja em toda a favela), o que não foi feito”, afirmou.

Depois do pronunciamento de Alan Brum, se manifestaram Amanda Cirqueira e Fernanda Barbosa, representantes da Casa Civil, que disseram que não poderiam responder os questionamentos de Alan e foram saudadas com uma salva de vaias.

Logo depois Wagner Bororó, representante da Associação dos moradores da Grota, decladou que o trabalho social do Pac no Alemão é um farsa isso nunca aconteceu. Ele teve um discurso forte enfatizando que quando o governo deixa de cumprir seu papel ele também está causando violência na comunidade. “A falta da presença da light, obras do pac inacabadas, mostram que igualdade ainda não chegou no Complexo do Alemão” , criticou Bororó

Mais tarde Ricardo Moura, representante da Associação Afeta e do Comitê de Desenvolvimento local da Serra da Misericordia, se manifestou dizendo que essa história que o Alemão é um novo Alemão é pura falácia e pediu a presença de representantes da Casa Civil que possam fazer algo de verdade na próxima audiência.

Durante a audiência duas estudantes fizeram perguntas emblemáticas: Por que tanto armamento na favela como se fosse uma guerra? O que o goveno tem planejado para o Alemão depois da copa e das olimpíadas? Foi encerrado a a audiência com a frase do profeta Isaías da Bíblia: Não há paz sem justiça. “E essa não se faz com polícia apenas, mas principalmente com saneamento, cultura e saúde”.

Colaborou Thamyra Thâmara

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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