Amigas do Complexo do Alemão definem as socialites de ‘Mulheres ricas’, da Band, como sem noção

Matéria de Marcelle Carvalho do Jornal Extra:

Elaine, Carli, Cristiane, Fernanda e Gabriela: gente como a gente - Foto: Nina Lima
Elaine, Carli, Cristiane, Fernanda e Gabriela: gente como a gente - Foto: Nina Lima

Nem o “Ai, que loucura!”, de Narcisa Tamborindeguy, nem o “Hello!”, de Val Marchiori. Ao ver o “Mulheres ricas”, da Band — que vai ao ar às segundas-feiras e também conta com Débora Rodrigues, Brunete Fraccaroli e Lydia Sayeg — cinco amigas do Complexo do Alemão usam um bordão próprio para definir o quinteto de socialites.

— Elas são “sem no” (sem noção). Achar normal comprar por R$ 30 milhões um avião grande para caber as compras? Eu, no máximo, chamo um táxi quando estou com mais sacolas — brinca Fernanda Pontes, de 34 anos.

Ela e as amigas Carli Gavinho, de 18 anos, Cristiane Alves, de 34, Elaine Cristina da Conceição, de 39 e Gabriela Santos, de 14, assistiram chocadas à vida de ostentação das peruas.

— É surreal. Ninguém vive assim no meio que a gente anda — diz Carli, impressionada com a gastação, já que a coisa mais cara que comprou foi um perfume em cinco vezes.

Boquiabertas elas ficaram com Val Marchiori brindando e tomando champanhe o tempo todo.

— O melhor é brindar com cerveja gelada! — diverte-se Elaine Cristina, causando uma gargalhada geral. A moça ainda completa: — Elas são frescas. Ter o dinheiro delas, quem não queria? Mas não gastaria daquela forma.

Caçula da turma, Gabriela viu a mãe comprar à prestação seu ar-condicionado.

— Quando a coisa vem suada, você dá muito mais valor — afirma a jovem.

A comida e o figurino do quinteto também ficaram na berlinda.

— Não deu vontade de comer. Se fosse um churrasco… Acho que elas são bregas, sabe? Não significa que por estarem com roupa de grife, estejam bem vestidas — pondera Cristiane.

Via: Extra.globo.com

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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