Nesta semana, o Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio, recebe nova liberação do mosquito Wolbito. A liberação dos mosquitos é um reforço no controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Agentes Comunitários de Saúde da Clínica da Família Rodrigo Yamawaki Aguilar Roig vão instalar caixinhas, nas quais nascerão os mosquitos, em casas de moradores próximos à unidade de saúde.
Estas caixinhas ficarão durante três meses na casa desses moradores e Agentes Comunitários de Saúde farão manutenção ou troca do equipamento a cada 15 dias. Também serão instaladas ovitrampas, que são armadilhas para coletar os ovos dos mosquitos e servem para avaliar os índices de infestação do Aedes aegypti. Com isto, será feito um monitoramento para saber sobre o aumento de mosquitos com Wolbachia.
Em 2018, ocorreu a primeira liberação dos mosquitos no Complexo do Alemão. Mas as atividades de monitoramento foram interrompidas devido à pandemia. Dessa forma, ainda está sendo analisado o estabelecimento dos Wolbitos e a nova liberação servirá para garantir a permanência dos mosquitos na região.
O mosquito Wolbito faz parte do Método Wolbachia, da Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde. Um método natural, seguro e autossustentável que ajuda no combate à Dengue, Zika e Chikungunya. Wolbachia é um tipo de microrganismo que, quando inserido no Aedes aegypti, o mosquito vira Wolbito e reduz a capacidade de transmitir essas doenças. Segundo informações do World Mosquito Program, esses mosquitos podem picar as pessoas como pernilongos, ou seja, não geram efeitos negativos.