A Penha em geral amanheceu de luto. Faleceu nesta manhã do dia 11 de fevereiro o percussionista e compositor, Jalmir Talismã, aos 56 anos.
Integrante do grupo de maior sucesso na década de 80, grupo Razão Brasileira que trilhou uma carreira maravilhosa e muito marcante no mundo do samba tocou com vários artistas do samba e do pagode, chegou a fazer turnê Internacional, tocou também no grupo Canto Maior, que revelou vários artistas pra nossa música popular brasileira.
Jalmir sempre foi um sambista autêntico conhecedor do samba, amava Carnaval. Por muitas vezes quando parávamos pra conversar era sobre o nosso tradicional samba. Participou de várias rodas, inclusive no Complexo da Penha. Muito amado pela família pelos amigos que vivia em sua volta. Ele conheceu o estrelato e a decadência do samba mais nunca deixou de fazer o que mais gostava, de desfilar.
Teve o privilégio de fundar o bloco carnavalesco Aymore da Penha, um bloco de embalo que levava todos os anos pra desfilar na cidade.
Muito religioso, devoto de Nossa Senhora da Penha e de São Jorge. Talismã vai deixar muita saudade em nossos corações. Quando se fala de samba na Penha, se fala do nosso eterno sambista e compositor Jalmir Talismã. Uma lenda, um verdadeiro baluarte.
Por alguns momentos, hoje o samba se calou e chorou por essa grande perda no mundo do samba, em especial na Zona da nossa Leopoldina. Hoje o céu está em festa recebendo nosso eterno baluarte de braços abertos. Salve o nosso samba brasileiro! Salve Jalmir Talismã!
Seu corpo será sepultado nesta terça-feira (13), no cemitério de Irajá a partirá das 14:15.
Partiu fazendo o que mais gostava, sambando para uma plateia de milhões de pessoas, a cortina desse espetáculo de céu aberto se fechou. O artista agora foi se apresentar pra Deus, como ele sempre dizia: “não deixa o samba morrer não deixa o samba acabar, o morro foi feito de samba, o samba não pode acabar”.